Sempre tive o costume de, na hora da raiva, pregar que o melhor da vida é ser egoísta e ignorar a tudo e a todos que te incomodam. E ultimamente eu andei pensando muito no conceito de ignorar, o que me fez chegar à seguinte conclusão: uma pessoa, para chegar ao ponto de ignorar outra, deve ter atingido o nível máximo de frieza possível.
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Porque se pararmos para pensar e analisar com calma, ser ignorado é muito duro. Eu, particularmente, acho uma das coisas mais horríveis do mundo. Falar e não ser ouvido, chegar em um lugar e não ser notado, perceber que sua pessoa não faz diferença alguma na vida de outra – que você considera, por exemplo.
É muito triste você "perder seu tempo" com alguém que simplesmente não perde um segundo com você. Dói muito, dói fundo e você se sente um imprestável, um nada. Parece drama, mas é bem assim que acontece.
Ainda com tudo isso, com todo esse sofrimento que levar o famoso 'gelo' causa, eu, a dona das emoções à flor da pele, aprendi a dar um gelo no gelo. Assim mesmo, sabe?! Ignorar o fato de ser ignorada. Falando assim parece impossível, mas com muito esforço, força de vontade (e uma pitada de revolta, para impulsionar essa atitude) é possível sim.
Na prática, dar um gelo no gelo nada mais é que deixar a outra pessoa à vontade. Quer falar comigo, quer me responder? Ótimo. Não quer? Tchau, você me ignora de um lado e eu te ignoro do outro. Eu não vou pedir para ser ouvida duas vezes e nem vou implorar por atenção.
Imagens: Tumblr.
Sou da opinião que todos são livres para fazer o que quiserem, dentro do seu direito de liberdade. Então, você super tem o direito de me ignorar e me fazer de idiota, mas eu também me reservo ao direito de te mandar à merda para sempre e não te dar outra chance de falar comigo em troca.
E antes que você pense que é vingança, não se trata de se vingar, não. Se trata de broxar com pessoas que não aproveitam a oportunidade que você dá a elas. Oras, ninguém é obrigado a querer o que eu quero e vice-versa. Mas se você decidiu "atrasado" que deveria ter agido diferente e eu já desencanei de você, paciência. Quisemos coisas distintas em tempos diferentes, não era para ser. Conformismos à parte, a gente precisa aceitar o fato de que nem tudo depende só da gente.
Eu estendo a mão. Se quiser pegá-la, seja bem-vindo(a). Se quiser ignorá-la, fique à vontade para ir embora. Mas não venha depois reclamar por eu não ter estagnado ali, esperando você com a mão estendida eternamente. Isso não existe. Ou é agora, ou pode não ser nunca mais. Se você vai correr o risco, a decisão é sua.
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por Marcéli Paulino
Me chamo Marcéli Paulino, nascida em 16 de Julho de 1988, e sou bacharel em Tradução e Interpretação, curso que iniciei com 17 anos! Um pouco antes de me formar, já me interessava muito por moda e sabia que queria estudar e atuar na área. Então, assim que peguei meu diploma, foi o que fiz: procurei formações na área, que era meu sonho…