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Explico: lembra na época da escola, em que existiam diversos grupinhos – o dos ricos, o dos roqueiros, o dos alternativos, e por aí vai – como no filme "10 Coisas que eu Odeio em Você"?? Então. Toda a vez que uma pessoa de fora tentava se aproximar de algum destes grupos, era "chutada" e maltratada. Sofria meio que um bullying, porque os grupos se julgavam fechados e só permitiriam a entrada de um novo integrante se este passasse por seus "pré-requisitos". Coisa de escola, mesmo, da época dos meus 15 anos. Bem ridículo. Acontece que tem gente que faz isso até hoje – e o pior é que, em sua maioria, esses "alguéns" são mulheres.
Aí tem o grupo X de pessoas, por exemplo, e chega uma nova garota tentando fazer amizade: as mulheres deste grupo se juntam para tratá-la com total falta de educação e impedir que ela se sinta à vontade para se tornar uma nova integrante – tudo por causa de uma disputa deprimente de atenção masculina. Se for bonita, então, vixe, "sai pra lá". "Não tem lugar aqui pra você", elas dizem com o olhar. Assistir a esse tipo de atitude nos tempos de hoje é, no mínimo, deprimente.
Sabe o que você, mulher que disputa, está dizendo com sua atitude? Em primeiro lugar, que você não se garante. Em segundo lugar, que você prefere ter a atenção de um "macho" do que, de repente, ter uma nova amiga. Você, agindo desta forma, está dizendo para os caras o quanto eles estão certos em te chamar de vagabunda, porque você demonstra, com clareza, que está mais preocupada em se iludir que tem o controle do seu suposto peguete ali, do que dar a liberdade de novas pessoas se conhecerem. E o pior de tudo: tratar uma nova conhecida mal não impedirá que seu pretendente [ou "alvo"] se interesse por ela.
Mulher que maltrata outra mulher porque quer "defender seu território de homens" está assinando e carimbando embaixo que eles ainda são o centro das atenções e que nós somos inferiores. Eu lembro da novela O Clone, quando vejo cenas assim: o homem, que tem 5 esposas, e as esposas se matando para ver quem tem mais a atenção do cara e quem é a "esposa melhor". Pelo amor de Deus. Depois quando eu digo que o machismo na sociedade começa pela própria mulher, sou mal interpretada. Como vamos querer igualdade se a gente "se mata" umas com as outras por causa de disputa de atenção masculina?
Aliás, o que te faz pensar que é melhor só porque, supostamente, você tem a atenção masculina que a outra mulher não tem? Quem é que te garante que é isso que a outra procura? Entendem o que eu quero dizer?? Fazem dos relacionamentos, mesmo amigáveis, uma eterna disputa – em minha opinião, por simples insegurança. Nem quando a gente tem um namorado dá para controlar tudo o que ele faz e com quem ele fala – e não dá para impedi-lo, também, de conhecer outra mulher. Se ele quiser te trair, querida, ele vai trair, ainda que você coloque uma venda nele. Aliás, quantos casos você já não ouviu de namorado que ficou com a "amiga" da namorada? Mais uma prova de que existem mulheres que preferem perder uma amizade de anos por causa de um pinto, com o perdão da expressão.
Moral da história: você, mulher, que vive em seu meio social disputando atenção de homem, é digna de pena. Eu leio você como uma pessoa que precisa de mais amor próprio, mais autoconfiança e, principalmente, mais educação. Se não teve em casa, vá procurar em outro lugar: hoje em dia existem livros de etiqueta, e-books e até sites – meu próprio blog dá umas dicas. Se esforce para ser uma pessoa melhor, saia dessa mediocridade. Vai te fazer bem – não só perante si mesma, quanto perante os caras que você tanto julga serem propriedade sua. Aos olhos deles você parecerá mais interessante.
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beijos com calor,
Marcéli Paulino.
Me chamo Marcéli Paulino, nascida em 16 de Julho de 1988, e sou bacharel em Tradução e Interpretação, curso que iniciei com 17 anos! Um pouco antes de me formar, já me interessava muito por moda e sabia que queria estudar e atuar na área. Então, assim que peguei meu diploma, foi o que fiz: procurei formações na área, que era meu sonho…