Eu mesma sou compradora assídua de lojas de fast fashion e não nego, assim como muitas garotas e jovens-adultas por aí. Mas não é por isso que não devemos lamentar a morte quase que corriqueira dos trabalhadores escravos que passam seu cotidiano em péssimas condições para criar essas peças lindas que compramos por um precinho tão em conta.
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Neste mesmo prédio, há alguns meses, aconteceu um incêndio, deixando 112 mortos e mais um monte de feridos. Logo após estes dois indicidentes, a opinião pública começou a se manifestar (finalmente) contra as precárias condições de trabalho e contra os olhos fechados – de modo convieniente – dos CEO's destas empresas de grandes marcas. Ainda não foi alcançada a situação ideal, mas, a H&M, por exemplo, acaba de assinar o 'Acordo pela Segurança de Prédios e Combate a Incêndios de Bangladesh".
Loja filial da rede de fast fashion espanhola, Zara. Imagem: reprodução
Depois do escândalo escancarado sobre o trabalho escravo encoberto pela rede Zara, exibido inclusive em um canal brasileiro – através do programa de Rafinha Bastos -, as pessoas aparentemente começam a acordar para a dura realidade. Agora, a bola da vez é a GAP, pressionada a fazer parte de empresas de segurança, assim como a H&M, a Primark e a Calvin Klein, que se dispuseram a melhorar esse ponto em seus núcleos de trabalho – terceirizados ou não.
Só no Avaz, comunidade virtual para mobilização popular, mais de um milhão de assinaturas foram recolhidas – você também pode assinar se quiser, clicando aqui. Além disso, outro portal – Slavery Footprint – dá dicas para minimizar essa situação e exibe um gráfico de atividades do seu cotidiano que mais escravizam pessoas.
Não é difícil saber que ainda estamos longe de um mundo justo. E a dificuldade é maior pelo fato de que não sabemos o que existe realmente por trás do que consumimos – e quem, de todas essas marcas desejosas e baratinhas, realmente preza pela segurança dos responsáveis pela mão de obra. Através de portais como estes mencionados, ao menos, é possível ajudar a evitar que mais vidas sejam perdidas, como nesta tragédia do Rana Plaza. Basta tirar a venda dos olhos e colaborar, fazendo sua parte.
por Marcéli Paulino
Me chamo Marcéli Paulino, nascida em 16 de Julho de 1988, e sou bacharel em Tradução e Interpretação, curso que iniciei com 17 anos! Um pouco antes de me formar, já me interessava muito por moda e sabia que queria estudar e atuar na área. Então, assim que peguei meu diploma, foi o que fiz: procurei formações na área, que era meu sonho…