Quem diria que uma textura, por muito tempo considerada “da vovó”, chegaria chegando na parada de sucesso da moda contemporânea. Tudo tem sua vez – e, agora, é a vez dele – o veludo! Pra começar por partes e entender bonitinho do que se trata, vamos a uma breve definição técnica.
“O nome tem origem latina – da palavra vellus – que significa “pêlo” ou “pêlos em tufos”. Trata-se de um tecido que apresenta, em seu lado lado direito, aspecto macio e brilhante, com pêlos curtos e densos, em pé, resultado da trama cortada. O corte dos pêlos é feito de uma só vez, assim que o tecido é retirado do tear. Frequentemente, a superfície é flambada para eliminar os fiapos que ultrapassam a altura desejada. O veludo pode mostrar, pelo avesso, dois tipos de armação: tafetá ou sarja.
Criado na Índia antiga, foi importado durante muito tempo por países da Europa. Nos séculos XIV e XV, a Itália passou a produzi-lo nas cidades de Veneza, Florença, Gênova e Milão. A partir do século XIX, era produzido, em grande parte, com seda e usado para vestidos, casacos e também decoração. Já no século XX, passou a ser fabricado com acetato, raiom e algodão, indo de ‘artigo de luxo’ para ‘artigo popular’ [PEZZOLO, Dinah, Bueno. Tecidos – História, Tramas, Tipos e Usos. 3a edição. São Paulo: SENAC, 2012]” – editado.
Há! Pensou que este assunto não teria ramificações? Errou! Dificilmente, no âmbito da moda e do vestuário, haverá teoria simplificada (ao menos, para quem curte abordar o assunto de verdade). Para que você não fique perdido(a) que nem barata tonta, aí vão os “quês e por quês” do tecido na prática. Com vocês, os tipos de veludo!
De aspecto bem liso, feito com seda, este é considerado o tecido mais caro do segmento. Possui brilho e sua roupa confeccionada ganha um visual nobre (sabe aquele “vestidón” das princesas e das rainhas medievais? Ou, então, as capas dos reis “fodões”? Esse mesmo).
Este, considerado mais conhecido, é popular tanto pelo nome, quanto pela textura. Também batizado outrora por “veludo molhado”, é um produto sintético, com base de malha – confecção esta que lhe confere um ótimo caimento e muita maciez. Vez ou outra, o brilho de sua textura lembra o veludo alemão (só que genérico). Esse é o queridinho da vez do nosso inverno e é deste tipo que você vê por aí nas vitrines, em looks “tendencinha”.
Também batizado de veludo lavrado, é um tecido cuja superfície é coberta por fios aparados que ocupam determinadas zonas da peça, formando desenhos em alto-relevo sobre fundo transparente obtido por corrosão. Inicialmente, é um tecido composto por dois grupos de fios de fibras têxteis. A destruição de produtos químicos ao longo do processo de um destes grupos é, no entanto, o fator que revela o(s) desenho(s). O resultado é bem lindo e fino – e é uma técnica bastante encontrada em vestidos de festa.
Representa o acabamento que formam “listras” feitas com o próprio tecido, em alto relevo. Assemelha-se à aparência da malha canelada. Considero o tipo mais rústico de veludo e é comumente encontrado em peças como blazers e calças, principalmente, do segmento masculino.
Claro que a teoria técnica serve como uma base boa pra aplicarmos onde? Na prática!!! Por isso, selecionei alguns looks de que gosto, fazendo uso do tecido, para você que está na dúvida sobre como aderir e quer se inspirar.
Pelo que tenho visto por aí, o modelo mais comum de “look veludo” é o vestido. Em proposta mais casual ou mais social, ele se faz versátil a ponto de cair bem tanto com tênis e boné, no melhor estilo hi-lo, quanto com um salto e com acessórios mais refinados. O blazer é outra ótima peça de peso, que além de esquentar em baixas temperaturas, deixa a produção pra lá de elegante.
Conjuntinhos são forte referência lá fora, em época de frio, e camisetas são populares por aqui. Outra maneira bem sexy e irreverente de utilizar o veludo é escolhendo um top na textura e coordenando-o a um blusão transparente, usado por cima. Casual chic no mais alto nível!
E se você é de Santos e está com dificuldades de encontrar uma pecinha em veludo para chamar de sua, calma! Eu te ajudo. Aqui, selecionei algumas das minhas lojas favoritas da cidade, com peças e preços de roupa/acessório para vários gostos e bolsos. Bon appetit!
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Super beijo e até a próxima!
Marcéli
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Créditos:
Clube Melissa – Rua Azevedo Sodré, n 33 – Boqueirão. Conheça também as lojas Clube Melissa Praiamar e Clube Melissa Miramar
Duetz – Praiamar Shopping. Rua Alexandre Martins, n 80 – loja 262, primeiro piso
Me chamo Marcéli Paulino, nascida em 16 de Julho de 1988, e sou bacharel em Tradução e Interpretação, curso que iniciei com 17 anos! Um pouco antes de me formar, já me interessava muito por moda e sabia que queria estudar e atuar na área. Então, assim que peguei meu diploma, foi o que fiz: procurei formações na área, que era meu sonho…