Você já parou para analisar quantas vezes ao mês deseja comprar algo? E quantas vezes você apertou seu salário, muitas vezes até deixou de guardar um dinheiro do qual futuramente irá precisar, só para gastar com um desejo momentâneo de consumo?? Por que será que isso acontece tanto e cada vez em mais quantidade?
Imagem: reprodução | Instagram do Oficina de Estilo
Trazendo o assunto para o segmento amoroso, é o caso de se refletir: por quê pensar em ficar com uma menina ou um garoto a cada balada que se vai se você pode, com calma, encontrar alguém que tenha os mesmos interesses que os seus e compartilhar uma vida com essa pessoa? Não é muito mais agradável??
O ponto principal e que abrange diversos setores da vida é o objetivo efêmero que o consumo excessivo causa (até mesmo nos relacionamentos). Por quê comprar um iPhone 5S se o modelo anterior que você tem em mãos funciona muito bem e está novinho? Por quê comprar 30 sapatos super parecidos se você pode ter dois ou três pares que se encaixam perfeitamente em um look com as roupas que você já possui?
Aqui mesmo, quando falamos na trend de jardineiras e salopetes, por exemplo, sugerimos que seria legal usar o modelito da mamãe dos anos 70, no lugar de adquirir uma nova. E tem coisa mais legal do que ser única e vintage? Por quê, ao contrário de querer tudo novo o tempo todo, não valorizar o que já se tem – e, se for o caso, reformar para deixar atual?? Quando uma moda (res)surge, não significa que, necessariamente, precisamos entrar na primeira loja que a estiver vendendo e comprá-la. Podemos buscar formas mais econômicas, mais criativas e mais originais de consumi-la e trazê-la para o nosso cotidiano.
A vontade e o impulso de consumir são tão grandes que as pessoas deixam de pensar que, ao saírem na rua, parecem marionetes fantasiadas com a mesma roupa e tomando as mesmas atitudes. Reflita: seu dinheiro vale um consumo impulsivo e momentâneo para simplesmente se parecer com todo mundo? Você não se considera uma pessoa única??
Eu mesma tenho certos tiques com relação a tendências, desde um corte de cabelo até um acessório. Quando todo mundo começa a usar o mesmo corte, pintar da mesma cor ou usar certo tipo de roupa ou acessório, desanimo. Na mesma hora me desfaço da peça ou a guardo no fundo da gaveta, invento outro corte de cabelo e pinto de outra cor (ou não pinto). Tudo porque me dá arrepios saber que estou igual a alguém ou alguém está igual a mim. Isto obviamente não é uma regra, é apenas meu modo de reagir em relação a essa febre robótica que o consumo proporciona nos dias atuais.
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A moda e o consumo, por sua vez, transformaram o cotidiano em um caos, uma disputa por "quem tem mais". Acabou a admiração pelo sentimento e pelo romantismo, como disse o próprio Flavio Gikovate. E isso é muito triste. A lei do desapego é sim importante, desde que haja um equilíbrio entre saber o que é preciso ser descartado e o que deve parmanecer conosco por um bom tempo.
E isso vale para tudo: amores, amizades e compras.
por Marcéli Paulino
Me chamo Marcéli Paulino, nascida em 16 de Julho de 1988, e sou bacharel em Tradução e Interpretação, curso que iniciei com 17 anos! Um pouco antes de me formar, já me interessava muito por moda e sabia que queria estudar e atuar na área. Então, assim que peguei meu diploma, foi o que fiz: procurei formações na área, que era meu sonho…