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Toda mulher solteira, infelizmente, ainda é encarada como ameaça. Parece que estar sozinha é sinônimo de promiscuidade, de falta de bom caráter. Parece que, a qualquer momento, a mulher que está solteira vai atacar o marido ou o namorado das outras. Eu não tenho palavras que expressem com suficiência o quanto acho isso ridículo.
Eu, inclusive, já passei por situações (recentes) em que uma suposta conhecida ou amiga mal parou ao meu lado para conversar, só porque estava acompanhada do namorado. Chega a ser ofensivo: o que faz uma amiga pensar que sofre qualquer tipo de ameaça, só porque conversa comigo junto do namorado?
Na hora da raiva, costumo falar que estas respectivas não confiam no próprio taco – mas, no fundo, eu sei que isto tudo é fruto de uma situação muito pior, infelizmente, da qual elas mesmas são vítimas. Estas lindas não conseguem abrir os olhos e enxergar o quanto suas próprias atitudes estão sendo machistas, mais ainda que a atitude de "seus homens".
Porque, pensa comigo: se ficar solteira é sinônimo de vergonha para elas – uma ideia que já é digna de pena -, elas deveriam se lembrar de que ninguém está livre de ficar solteira. Ou seja, um "mal", segundo elas, que pode acontecer com qualquer pessoa.
É difícil desenhar uma situação para quem já tem a cabeça fechada – ainda assim, eu insistio em bater na tecla de que esse tipo de mentalidade e de atitude está oprimindo a própria mulher. Sim, porque você não vê isto acontecendo com os caras. Eu, ao menos, nunca vi um cara deixar de cumprimentar o amigo, acompanhado da namorada, por "medo" do amigo solteiro. Você já?
Imagens: Tumblr [reprodução].
Resumindo: o maldito do machismo atrapalha as mínimas atitudes de convivência decentes de nosso dia a dia. E o mais triste disto, ainda, é constatar que tem mulher que coloca o machismo em prática. Já falei disto aqui, mas falo de novo, de novo e de novo. Não canso de falar, porque não é possível que um ser pensante não consiga alcançar esta linha de raciocínio. Basta constatar os fatos.
E ainda tem gente com coragem de abrir a boca para falar que o feminismo não presta. A você: meus pêsames.
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por Marcéli Paulino
Me chamo Marcéli Paulino, nascida em 16 de Julho de 1988, e sou bacharel em Tradução e Interpretação, curso que iniciei com 17 anos! Um pouco antes de me formar, já me interessava muito por moda e sabia que queria estudar e atuar na área. Então, assim que peguei meu diploma, foi o que fiz: procurei formações na área, que era meu sonho…