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O principal ponto de partida, para mim, é uma questão que já enfatizei aqui por muitas vezes e que julgo fundamental: estar bem consigo mesmo. Quando não se está feliz por si só, quando a pessoa não vive plenamente satisfeita com o que é e com o que tem, fatalmente essa pessoa irá se apegar a questões externas para tentar preencher esse vazio. Não sou psicóloga, mas já vivi isso e posso dizer, por experiência própria, que é verdade.
Quem vive achando que precisa de "algo a mais" e não se sente satisfeito consigo mesmo em primeiro lugar, será vítima dessa preocupação excessiva com coisas externas. Aí você conhece uma pessoa, vocês passam a ter certa proximidade e o indivíduo que não vive bem consigo mesmo começa a depositar nessa pessoa 'nova' todas as expectativas que, sozinho, [acha que] não consegue alcançar. É óbvio que isso acontece inconscientemente e, muitas vezes, quem faz isso não percebe o que está fazendo.
E é aí que mora o perigo: conhecer alguém é muito legal, se relacionar é ótimo, mas simplesmente não devemos depositar expectativas em ninguém – principalmente, em alguém que acabamos de conhecer. Não é uma questão de ser frio, e sim, de se proteger.
A outra pessoa, que de repente não está tendo a mesma atitude que a nossa, não tem culpa da expectativa que criamos nela. Ela está "no mesmo barco", também está nos conhecendo – mas, de repente, ela não está tão carente e está deixando a coisa acontecer, o que é a melhor opção. E aí a balança fica desigual: enquanto, de um lado, tem alguém calmo apenas aproveitando o momento e esperando para ver no que dá, do outro lado tem um(a) "doido(a)" que já está ansioso pensando trocentas mil coisas, querendo colocar o carro na frente dos bois. Entende o que quero dizer?
Falando assim parece muito fácil, eu sei que não é. Exige esforço, paciência e tempo – porque a gente não fica assim tão racional da noite para o dia. Mas sabe uma ótima maneira de passar a pensar assim, de forma mais natural? É simplesmente pensar que você não vai fazer sua felicidade, ainda que momentânea, depender de alguém que você mal conhece. Em primeiro lugar, porque isso não é bom para você – já ficou claro por que – e, em segundo lugar, porque isso também não é bom para a outra pessoa.
Pense no inverso: você acabou de conhecer alguém e esse alguém já está esperando, sei lá, casar com você. Não é assustador? Você se sentiria bem sabendo de toda essa expectativa que outra pessoa estivesse colocando em cima de você? À menos que você esteja MUITO carente, a resposta é "não". Ninguém quer ter nas mãos a felicidade de um estranho. Nem nós mesmos, às vezes, conseguimos lidar com nossas próprias questões – imagina lidar com questões de uma pessoa que mal conhecemos.
O ponto, aqui, não é ser frio ou sem sentimentos – é não ser egoísta. Porque colocar expectativas demais nas mãos de alguém que mal conhecemos não deixa de ser um ato de egoísmo. Quem garante que a outra pessoa quer isso? E mais: quem é que permitiu a você dar toda essa "responsabilidade" a alguém assim?
Ao invés disso, experimente deixar as coisas acontecerem. Vai com calma, passo a passo, aguarde os momentos – tudo tem um momento certo de acontecer (um clichê verdadeiro, este). Deixe que as stiuações se revelem aos poucos, com calma, com mais naturalidade e verdade. Não existe muita verdade no que é rápido demais. Já ouviu outro clichê (verdadeiro) que diz: "tudo que vem fácil, vai fácil"? Como isso é verdade! Não queira nada fácil, coisas difíceis são mais autênticas – e também levam mais tempo (e estou me referindo a sentimentos!).
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Imagens: Tumblr [reprodução].
Beijos e boa semana!
Marcéli Paulino
Me chamo Marcéli Paulino, nascida em 16 de Julho de 1988, e sou bacharel em Tradução e Interpretação, curso que iniciei com 17 anos! Um pouco antes de me formar, já me interessava muito por moda e sabia que queria estudar e atuar na área. Então, assim que peguei meu diploma, foi o que fiz: procurei formações na área, que era meu sonho…