Aproveitando a data que, para nós, mulheres, é marcante, nada mais justo que abordar um tema que vem ganhando – felizmente – muito espaço na mídia e na sociedade: o empoderamento feminino.

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Quem me acompanha no blog há mais tempo sabe da minha posição, bem enfática, em relação ao feminismo. Sempre bati na tecla de que igualdade de gêneros é imprescindível – que está relacionada, diretamente, ao nosso empoderamento e, também, à liberdade das pessoas como um todo. Pois uma vez que não há discriminação de qualquer ordem em relação às mulheres, os homens também se livram da pressão arcaica de ser o "macho inabalável da relação". Afinal, que ser humano é infalível e inabalável?

O "SER" MULHER
O padrão de beleza é um dos principais temas relacionados ao crescimento de nossa autoestima. Quem acompanha as mídias sociais e até os comerciais de televisão, não pôde deixar de perceber o quanto a ditadura da magreza, por exemplo, da juventude eterna e da feminilidade obrigatória estão caindo por terra.

Afinal, o que é ser mulher para você? É ser magra? Ter "barriga negativa" (abomino esse termo!!!)? Ser loira? Morena? Usar salto? Nada disso. Ser mulher é nascer do gênero feminino – e, a partir daí, o que você faz com seu corpo é problema SEU.

Isso mesmo! É assim que eu enxergo, ao menos. Eu defendo a liberdade de cada uma de nós sermos como quisermos: gorda, magra, alta, baixa, loira, morena, ruiva, cabelo curto, comprido, branco, careca, usar tênis, calça rasgada, vestido justo, saia curta ou longa, enfim… Nós temos o nosso direito de ser como somos. Como nos sentimos bem! De usarmos maquiagem se quisermos e não porque nos sentimos obrigadas; de transar com quem quisermos e de amar quem quisermos, da forma como quisermos, sem sermos chamadas de piranha ou de freira nos sentidos mais pejorativos das palavras.

De trabalhar, de sair para onde bem entendermos, de falarmos o que quisermos e nos expressarmos como quisermos, sem dedos apontando para nossa cara dizendo que "isso não é coisa de menina", entre outras falácias injustas e dispensáveis.

COMPETIÇÃO E RECALQUE
E, apesar de toda a evolução pela qual nossa sociedade tem passado, ainda existem os "poréns". Uma das teclas na qual eu bato sempre é que o machismo ainda tem espaço em nosso mundo, muitas vezes, por culpa da própria mulher. Já reparou no quanto a gente se incomoda com o culote da outra? Com quantos caras Fulana ficou? Se o tamanho da saia da Ciclana está curta demais? Se ela pintou o cabelo, se encrespou ou alisou?

A cada vez que leio um post de uma mulher tentando denegrir a outra sem motivo aparente, apenas por futilidade, eu me entristeço bastante. Porque ainda não caiu a ficha, para muitas, de que estamos todas no mesmo barco. Você, ao atacar outra mulher, está atacando a si mesma, porque está promovendo a discriminação física, seja pelo motivo que for (corpo, cabelo, postura, vestuário, etc).

"Para se sentir uma rainha é tão simples quanto acreditar que você é uma".

LIBERTE OS OUTROS E SE LIBERTE
Eu encaro que se desprender destes julgamentos escrotos e gratuitos é uma forma de liberdade. Logo que comecei a estudar moda, me achava a palmatória do mundo em relação a ditar o que as pessoas devem ou não vestir. Que mulher nunca julgou a outra, ao menos, uma vez na vida? Fazemos isso o tempo todo e diminuir essa quantidade de julgamentos é uma forma de liberdade. 

Quando a gente passa a olhar mais pra dentro de si, tentando se melhorar como pessoa, e olhar menos para a vizinha, para tentar julgá-la, a gente passa para um outro patamar do que é ser humano. Porque a gente percebe que tem tanta coisa pra fazer nessa vida, tanto o que mudar, o que melhorar, que nosso tempo é precioso demais para falar da vida das outras, criticando-as.

Em homenagem ao Dia Internacional da Mulher de hoje eu não vou nem dedicar uma frase feminista, porque acho que feminismo, para nós, é pré-requisito. Vou dedicar uma outra frase, que acho que o mundo está precisando demais atualmente – e sempre precisará:

"Promova o que te encanta, ao invés de atacar o que te desagrada".

Imagens: reprodução.

beijos e um feliz dia a nós todas!

Marcéli Paulino