Como trabalhar moda e autoestima juntas

Em um primeiro momento, parecem dois assuntos muito simples, tanto para falar separadamente, quanto juntos – moda e autoestima. Mas o que será que eles têm em comum e mais: que dificuldades será que nós, mulheres, principalmente, enfrentamos na hora de aliar uma coisa a outra e por que isso ocorre?

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Uma vez, me falaram que um dos lemes que temos que ter na vida chama-se autoestima. Apesar de, logo de cara, eu ter minhas ressalvas quanto a essa afirmação (explicarei por que), aos poucos, fui percebendo o quanto isto é verdade.

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AUTOESTIMA VERSUS SOBERBA
Muita gente tem ressalvas quanto a essa afirmação – como eu mesma tinha – pelo fato de que a maioria das pessoas confunde autoestima com soberba e arrogância. E estas são coisas bem diferentes: enquanto uma coisa implica em se gostar, se curtir e cuidar de si próprio, as outras coisas implicam em se julgar muito melhor que os outros. A autoestima não se superjulga; ela apenas permite que tenhamos noção do nosso valor, de que não somos melhores do que ninguém e que façamos o possível para nos cuidar e nos respeitar da melhor maneira.

ESTILO DE VIDA
Eu acredito que todo mundo deveria adotar a autoestima como um estilo de vida: não precisa sair por aí mostrando o quanto você se ama e falando isto aos quatro ventos. A pessoa que tem a verdadeira autoestima se sente feliz com quem ela é, sente-se à vontade na própria pele e se respeita, acima de tudo, sem precisar tornar isto explícito. Até porque, isto torna-se visível aos olhos dos outros, fica refletido na maneira como a pessoa se alimenta, se veste e até se relaciona.

Além de fazermos melhores escolhas em todos os sentidos quando temos a autoestima elevada, nossa vida, de maneira geral, se torna bem mais agradável de ser vivida. Posso falar por experiência própria, já que já fui uma pessoa muito insegura – e, admito, às vezes tenho algumas recaídas.

MANEIRA DE SE VESTIR
E focando a autoestima na vestimenta, foco este do post de hoje, fica mais do que claro o que eu quero dizer com isso, não? A pessoa que tem autoestima se sente confiante para se vestir à maneira que ela quiser. E quando digo “à maneira que ela quiser”, não significa que é para sair por aí cometendo atentado ao pudor, por exemplo, ou escolhendo looks inadequados para as ocasiões. A pessoa simplesmente sabe o que escolher, sabe o que fica bem para si e sente-se segura naquele look, porque ele tem a ver com a sua personalidade.

Uma pessoa com a autoestima elevada conhece a si própria, sabe dos seus gostos, o que cai bem para si e as peças de roupas e acessórios que lhe traduzem visualmente. Por isso eu sempre acreditei que moda não é apenas “vestir-se bonitinha”. Não é um exercício de futilidade, mas um exercício de autoestima. Não só para aprender como passar a mensagem certa em cada ocasião, como, também, para aprender a explorar sua personalidade e saber expô-la através da forma com a qual você se veste, ignorando qualquer padrão ou pré-conceito existente.

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Imagens: Tumblr [reprodução].

PRIMEIRO PASSO
Mas é claro que trabalhar a autoestima e tê-la elevada não é uma coisa que ocorre do dia para a noite. É um exercício a ser feito ao longo de toda a vida. Como eu disse, eu mesma tenho recaídas – afinal, infelizmente, ainda vivemos em uma sociedade que quer nos impôr padrões e regras absurdas em relação à forma como devemos ser e agir, o que influi diretamente em nosso modo de pensar.

Mas para tudo existe um primeiro passo e, neste caso, eu creio que seja conhecer a si mesmo. Faça uma autoanálise para saber do que gosta e do que não – e para descobrir o por quê de ambos. Se necessário, faça uma terapia, que também ajuda muito. A partir daí, você vai se descobrir e, talvez, até se reinventar para ser uma pessoa melhor. Pare de se cobrar tanto, pois isto às vezes acaba por ser um empecilho; cobrar-se é necessário até certo ponto, mas, existe uma linha tênue entre a autocobrança e o perfeccionismo. A partir do momento que você acha que nunca nada está bom em você, fica difícil manter a autoestima elevada e tocar uma vida leve.

Ou seja: para que a moda faça sentido em você, primeiro, é preciso se gostar. Conhecendo-se e se curtindo, você saberá usar a moda a seu favor, para saber o que te complementa. Vamos lá?

beijos e até mais!

Marcéli Paulino

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