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Do alto dos meus 32 anos de vida e quase 8 anos de trabalho com mídias digitais, se me perguntarem, hoje, “o que é ser famosa?” eu respondo de cara: ter a vida completamente exposta em meio a muitos boatos e algumas verdades.

Por que estou dizendo isso? Bom, recentemente, ocorreu algo bastante desagradável em relação à minha pessoa – cujos detalhes eu prefiro deixar sem mencionar, já que tanto a(s) pessoa(s) quanto o ocorrido em si não são dignos para tal – que, como tudo na vida, apesar do incômodo, trouxe seu lado bom. “Que lado bom foi esse, Marcéli? Tá louca?” caaalma. Eu chego lá!

Quando se tem grande visibilidade – e ela pode tanto ser construída de degrau em degrau, quanto sofrer um BOOM repentino -, a pessoa que é foco desta visibilidade se vê obrigada a lidar com muitas coisas. Mas muitas mesmo. Uma pessoa com vida privada jamais vai imaginar. Sério.

Não é à toa que vemos tanta celebridade por aí com inúmeros problemas psicológicos. Some o “peso da fama” a uma pandemia e a mudanças repentinas feat. obrigatórias de hábito e temos aí um grave quadro clínico digno de internação, arrisco dizer. No meu caso, essa “fama” se deu aos poucos. De degrau em degrau, bem aos pouquinhos mesmo. Pedrinha por pedrinha. Vale reforçar, embora não seja novidade: trilhar esses degraus está longe de ser mil maravilhas.

E nessa de subir ‘degrauzinho por degrauzinho’, a verdade é que a gente nunca acha que vai “chegar lá”, de fato. Até perceber que incomoda muita gente, ou, que incomoda pouca gente de uma maneira MUITO severa, digamos. O “chegar lá” pode ser legal por muitas questões, mas exige de nós um grande equilíbrio e uma grande força, por outro lado. E aí eu ‘me dei conta’ desse incômodo e admiração massivos de uma maneira não muito agradável.

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Ter visibilidade significa muita coisa, além de incomodar e de ganhar admiradores. Quando você tem o poder de influência, você tem uma responsabilidade muito grande nas suas mãos, o que significa que você pode ser ” ” “responsável” ” ” por falar as mínimas coisas. É legal saber que tudo aquilo que você acredita será levado 100x mais em consideração por mais gente, mas, isso também te faz repensar cada atitude. Cada frase espontânea. Cada explosão. Cada brincadeira. Cada argumento. Ter voz é uma faca de dois gumes.

É muito fácil falar tudo que vem à cabeça quando se é um civil desconhecido. Mas quando se está sob a luz dos holofotes, a coisa muda um pouco de figura. Tudo pode ser usado contra você. Tudo está sendo vigiado. E apesar de eu gostar muito de poder influenciar dentro de tudo aquilo que acredito ser bom e legal, eu não fazia tanta ideia desse outro lado. E agora faço. MESMO.

Eu também percebi que quanto mais se é uma pessoa autêntica, mais você ganha haters. E não é nada fácil lidar com eles. Mente quem diz que é. Por mais que possam ser pessoas escrotas e que não têm nada de positivo pra dar, são pessoas. É difícil saber que tem ser humano nutrindo algo de negativo e horrível por você, enquanto você caminha para melhorar. E mais difícil ainda é manter o equilíbrio pra não se deixar contaminar por conta disso. Porque é claro que quando você lê alguns absurdos a seu respeito, desejar amor à pessoa que escreveu aquilo é que você não vai, né!?

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Mas aí vem o lado bom (aquele que falei lá em cima), inevitável pra quem passa para a “próxima fase”: depois do turbilhão de emoções e de pensamentos você CRESCE. Amadurece mais. Se endurece um pouco, também, porque faz parte. A vida é uma batalha e você não sai de nenhuma delas sem calejar. Você começa a ter mais feeling, para muitas coisas; aprende o que merece filtro e o que não. Aprende a se resguardar quando for preciso e a se expôr, também, quando achar válido. Porque uma coisa é certa: famosa ou não, todos somos pessoas, merecemos respeito e precisamos cuidar MUITO de nós mesmos(as).

O carinho consigo mesma e o autocuidado aumentam, porque aí você se dá conta (mais ainda) do quanto eles são importantes. O que, de repente, você protelava fazer, passa a ser prioridade. Você valoriza ainda mais quem está ao seu lado, dando força e apoio, e acaba tendo mais certeza de “quem sim, quem não e quem nunca“. Todo acontecimento brusco acaba sendo um divisor de águas.

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E depois dessa eterna autorreflexão, você também reflete, inevitavelmente, sobre as atitudes dos outros: atirar pedra dos bastidores é muito fácil, é cômodo. Está na zona de conforto. Mas tente sair um pouco da platéia e subir ao palco pra ser apedrejado(a), só pra sentir como se brinca de gente grande. E aí fica minha pergunta: você levaria tudo numa boa?

Será que a sua vontade de apedrejar não é uma raiva projetada de algo que habita em você mesmo(a)? E mais: se você precisa se esconder atrás de uma rede social de nome aleatório, para apedrejar e incitar o ódio entre as pessoas, será que no fundo você não sabe que isso é errado de alguma forma?

E depois de fazer tudo isso: quando a “brincadeira” acaba, você é feliz consigo mesmo(a)? Acho pouco provável. Gente feliz não tenta atrapalhar a vida alheia. Isso costuma ser coisa de gente fracassada, mesmo.

MAIS: O coronavírus trouxe o home office para alguns e o isolamento social para todos. Como lidar?

Eu espero que esse textão sirva tanto para você, que está na caminhada para “chegar lá”, quanto pra você que está nos bastidores só de olho em cada peça de teatro, pronta(o) pra tacar uma pedra em quem está em foco.

Deixo, de final, uma frase espírita, dita pelo anjo da guarda de Chico Xavier: “Quem condena atira uma pedra que voltará sempre ao seu ponto de origem” ~ Emmanuel.

Beijos de amor e bom senso a todos,

Marcéli

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