UMA RAQUEL DAVIDOWICZ
Pioneira em conjuntos de sobreposições como túnicas sobre calças, que foram muito vistos nas passarelas desta edição, a marca, liderada por Lygia Clark, apresentou as modelagens também desta vez. A alfaiataria descontrutivista da qual também sempre teve boa mão, foi usada como ponto de partida de sua coleção e deu origem a vestidos, conjuntos de saia+tops com recorte em "V" e terninhos frescos em meio a tons sóbrios como o preto, o branco, o cinza e o azul marinho. A exceção ficou por conta de uma estampa muito discreta em amarelo. Destaque para as sandálias de plástico com ares geométricos, para equilibrar a assimetria em alta.
TÊCA
Mantendo o romantismo da "menininha" de outras coleções que agora dá a vez a uma mulher mais madura e decidida, a Têca evoluiu em sua proposta mostrando peças de uma particular feminilidade enfática. Em meio a bordados, ricos recortes, estampas de azulejo e muito azul e branco, cores-aposta das peças desta temporada da marca, toda a coleção inspirada em louças chinesas e cerâmicas portuguesas deu vida a lindas peças. Destaque para os vestidos longos de musseline e para os bordados de transparência e alça fina.
O sexy e o romântico, neste caso, caminharam juntos em perfeita harmonia.
R.ROSNER
Tornando-se mais uma marca da semana de moda paulistana que direciona suas peças para o segmento 'festa', Rodrigo Rosner iniciou seu desfile com modelos brancos que podem agradar a diversos estilos de noivas. Inspirado em mitos de princesas – das histórias infantis ou de próprias histórias criadas por Rodrigo -, as armações e as plumas presentes em muitos de seus vestidos davam um tom dramático sensacional à coleção. As mais discretas poderão apostar nos longos com transparência ou nos babados com assimetria, extremamente delicados e românticos.
Posteriormente, de uma cartela de cores mais neutras e brandas – entre elas o branco, o nude e o rosê -, eis que surge espaço para um vermelho bem vivo e até o preto, recebendo o mesmo "drama" em suas modelagens e acabamentos. Destaque para o bordado com brilho em formato de corações presente no modelo em vermelho de um ombro só, que exige muita personalidade da parte de quem o vestir, mas ainda assim, com um efeito divertido e interessante para passarela. A ideia fantasiosa do estilista deu origem a uma coleção forte e exuberante, como está acostumada sua clientela.
LINO VILLAVENTURA
Com uma pegada medieval muito interessante que acompanhava máscaras a la filme "Hanninal" nos modelos, Lino apresentou muitas de suas técnicas costumeiras de seus desfiles. As texturas variavam entre transparências, brocados e bordados, que apareciam em meio a repuxados e nervuras.
Desenhos de tapeçaria oriental também tiveram sua vez, formando vestidos de modelagem mais reta, golas e mangas largas, em contraponto aos leves e longos transparentes que davam belos formatos ao corpo feminino. Um desfile que se dividiu muito bem entre o conceitual e o comercial, agradando a ambos os públicos.