Vivemos tempos de autosuficiência. De arrogância, de prepotência. Tudo bem que, quando o assunto é liberdade e empoderamento (feminino), sou uma das primeiras a falar a favor. Mas, ando vendo por aí que boa parte das pessoas anda confundindo essas vertentes de ‘liberdade’ e de ‘independência’ com “apologia à solteirice obrigatória”.
Eu acredito e muito que cada um faz o que quer da vida, dentro dos limites da ética e do respeito à liberdade de cada um – porque, afinal de contas, não existe só a nossa própria liberdade. Mas, eu não acredito naquelas pessoas que recriminam outras por entrarem em um relacionamento, por mais que esta recriminação seja “na brincadeira”. Lidam com a situação do “amigo ou amiga que começou a namorar” como se ele(a) estivesse assinando sua sentença de morte. Isso é meio ridículo, por mais que seja “na brincadeira”. E antes que alguém fale algo: eu já fui assim e, hoje, recrimino esta atitude.
Criou-se (e eu até entendo por que) uma fobia de relacionamentos que acho tão besta. Se as pessoas parassem de pensar só nas coisas negativas sobre o que é estar em um relacionamento e pesassem, realmente, as coisas positivas dentro dele – desde que você esteja se relacionando com um ser humano de bom caráter, é válido lembrar – elas não hesitariam em começar um.
E sabe por quê? Porque ter ao lado alguém do bem te acrescenta muito. Você precisa ser completo, concordo, mas ter alguém que te transborda sentimentalmente é um algo indescritível. E eu não estou falando de status social, nem financeiro. Estou falando de amor, mesmo. De companheirismo, de carinho, de amizade, também, é claro. De você saber que aquela pessoa é parceira e está lá para você, sempre que você precisar; de você ter a certeza de que, o amor que esta pessoa sente por você e que você sente por ela, farão com que vocês consigam superar obstáculos.
Aquele sentimento de “não vou desistir de você” que passa na sua cabeça, toda vez que vocês têm uma discussão. De saber que vocês não têm vínculo nenhum e não precisariam estar juntos, só estão porque querem estar. De você conhecer a pessoa tão bem e a afinidade de vocês ser tão grande, mesmo com pouco tempo de relacionamento, que você sabe qual vai ser a reação dela mediante o que você vai falar. De você olhar uma coisa engraçada e lembrar que essa pessoa vai rir disso, porque vocês já riram muito juntos.
De você olhar para os problemas que já enfrentaram e pensar que, óbvio, vão enfrentar outros, mas que você não perde a vontade de continuar com essa pessoa, porque você sente que com ela vale a pena, apesar de todos estes problemas. É sentir que você tem alguém ao seu lado porque você sente muita vontade de dividir sua vida e seus momentos com ela e, talvez sem ela, não tenha a mesma graça. De deitar no ombro da pessoa que você ama, sentir aquele abraço único, que dá um conforto que nenhum outro abraço pode dar, daquele jeito. Um sentimento de ficar feliz em fazer o outro feliz – e apenas isto já ser algo que lhe traz alegria.
É o poder ir embora e não querer, simplesmente, porque você não quer. E você sabe que esta pessoa com quem você está também pensa assim. Este é só o começo de todos os lados bons. Espero que você consiga enxergar, assim como hoje eu estou enxergando.
Beijos amorosos e até a próxima!
Me chamo Marcéli Paulino, nascida em 16 de Julho de 1988, e sou bacharel em Tradução e Interpretação, curso que iniciei com 17 anos! Um pouco antes de me formar, já me interessava muito por moda e sabia que queria estudar e atuar na área. Então, assim que peguei meu diploma, foi o que fiz: procurei formações na área, que era meu sonho…