Aline de Amor à Vida abusa dos looks sexy. Você aprova?
Um dos figurinos mais polêmicos da novela das 21h da Rede Globo, Amor à Vida, é o da secretária Aline, interpretada por Vanessa Giácomo. A morena, que trabalha para o Doutor César (interpretado por Antônio Fagundes) e que, atualmente, também se relaciona com ele, aparece com looks cheios de sex appeal formados por decotes e minicromprimentos em seu local de trabalho.
Mas será que esses elementos são válidos para um visual em ambiente profissional? Até que ponto é possível usar decote e minicomprimento sem ser vulgar?
Vanessa Giácomo interpreta a secretária Aline, em Amor à Vida, que abusa de looks com sex appeal. Imagens: reprodução
A resposta é: não é possível. Em um local de trabalho, principalmente tratando-se de um hospital e de um cargo de secretária, elementos que beiram o exagero usados juntos transmitem a mensagem de falta de bom senso e extrema vulgaridade.
De acordo com a figurinista Labibe Simão, a personalidade do personagem foi fundamental para a escolha de seus looks. “Aline é superousada de forma proposital, em função de desejar conquistar o chefe. A ideia é ter sempre decote combinado com um paletó ou casaco por cima. Usamos muito o decote nas costas e, quando a blusa é mais fechada, as pernas ficam mais expostas com as saias curtas”, comenta.
Ainda que haja certo "equilíbrio" de proporções, nenhuma das duas modelagens é apropriada. Quem contesta os looks da moça é Isabel Baptista, presidente do Sindicato das Secretárias do Estado de São Paulo (Sinsesp).
"Não é possível que se tenha um figurino sofisticado e sexy para a secretária em seu ambiente de trabalho. Hoje em dia até ocorre uma flexibilidade, uma secretária que trabalha numa agência de criação, por exemplo, pode ter mais liberdade de usar roupas mais descontraídas no lugar do tailleur, do blazer e da saia. Mas uma secretária que assessora executivos de empresas de grande porte terá ainda que adotar os figurinos clássicos”, afirma.
Uma vez que o intuito da personagem é seduzir seu chefe, o contexto já explicita a mensagem de que a produção escolhida é propositalmente imprópria. E o adjetivo "impróprio" não se refere apenas a looks apelativos formados por decotes e minissaias. Produções com "moda em demasia" também não caem bem. Dependendo do ambiente no qual se trabalha, pode passar a imagem de futilidade.
Para uma advogada, por exemplo, não cai
bem usar o cabelo com californiana cor-de-rosa e um look com mix de estampas com sapatos muito coloridos.
Imagens: reprodução/ divulgação via Rede Globo
É importante saber o que se veste e onde se veste. Adequar-se ao ambiente de trabalho não é deixar de gostar de moda e nem estar fora dela. Mostra, apenas, que você sabe o que cai bem para cada tipo de situação – eis o famoso 'bom senso'.
Também não há necessidade de se manter "careta", demonstrando que não se atualiza para com a moda e se mantém paralisada no tempo. O ideal é alcançar um equilíbrio: saiba aproveitar os elementos atuais de acordo com o que é possível usar, tanto em ambientes formais quanto em ocasiões mais descontraídas.
por Marcéli Paulino
Colorindo a Vida
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