Afinal, por que é mesmo que o ser humano alimenta esse sentimento, ou, melhor dizendo, esta "doença"? Por que não demonstrar insegurança é considerado sinônimo de desinteresse ou falta de amor? A gente nasce vivenciando tantos estereótipos encarados como verdadeiras teologias que, quando paramos para analisar por quê encaramos as coisas assim, ficamos sem resposta.
E, goste você ou não, ciúmes está sim diretamente ligado à autoestima. A insegurança e a dúvida sobre o que somos para o outro é que nos faz alimentar essa sensação de impotência, pois, como disse a própria Isabela, "ciúme nada mais é do que duvidar da sua capacidade de fazer o outro feliz". Pensando da forma mais lógica e decente possível (aqui estou desconsiderando ações de mau caráteres e canalhas de plantão), se estamos felizes ao lado de alguém, por que raios vamos procurar algo externo? Eu, inclusive, vou além: se AMAMOS de verdade alguém, mesmo em um momento conturbado de infelicidade, o que nos impede de tentar arrumar o que temos em mãos ao invés de procurar algo que está lá fora? Se o velho clichê "o amor supera tudo" é assim tão verdadeiro, deveríamos colocá-lo mais em prática.
E, ao mesmo tempo, a gente pensa: o que vai impedir o outro de fazer m&rd@? Eu respondo: nada. Não é nossa insegurança, não são nossas dúvidas, nem nosso medo que vai fazer a diferença na atitude do outro. A gente deposita sonhos e confianças nos "estranhos do mundo" porque queremos, mas, na verdade, a gente esquece que a primeira pessoa em quem devemos depositar tudo isso é em nós mesmos. O outro é secundário, se der certo, deu, se não der… vamos tentar fazer o nosso melhor e deixar que a conta venha para quem fez errado. Sentir ou não ciúmes não mudará absolutamente nada na vida do outro, apenas na sua. Você é que sofrerá sozinho com o que sente.
Não quero me apegar a estereótipos de comportamento, até porque, cada casal sabe o que tolera e até que ponto são impostos seus limites. Mas eu, particularmente, cheguei à conclusão de que não são limites impostos que irão definir até que ponto você tem o amor, o respeito e a honestidade de uma pessoa e, sim, sua própria atitude, provinda de sua índole e de seu caráter. A forma como ela vai agir naturalmente é que vai dizer o que ela sente por você, independente de regras estipuladas. Cabe a você decidir como vai reagir a isso e até que ponto vale a pena continuar.
É um assunto complexo demais para ser defnido somente por frases prontas e sucintas reflexões, mas aqui está meu singelo e humilde parecer, que também pode ser encarado como um desabafo. A moral da história, pra mim, é: entre sofrer por antecipação e viver da melhor maneira possível consigo mesmo (e com o outro), escolha sempre a segunda opção. O que vier depois você decide como vai encarar.
por Marcéli Paulino
Me chamo Marcéli Paulino, nascida em 16 de Julho de 1988, e sou bacharel em Tradução e Interpretação, curso que iniciei com 17 anos! Um pouco antes de me formar, já me interessava muito por moda e sabia que queria estudar e atuar na área. Então, assim que peguei meu diploma, foi o que fiz: procurei formações na área, que era meu sonho…