Seu último relacionamento, terminado recentemente, foi estranhamente peculiar – a princípio. Sabe quando a pessoa parece perfeita? E, quando acontece algo de ruim, a gente procura o erro na gente mesma? Pois era assim que ela se sentia.
Com o passar do tempo e dos acontecimentos, uma mentira descoberta e previamente desconfiada (e negada) – feita pela outra parte – a fez ficar sem chão. A partir daí, ela começou a repensar todas as coisas e todos os acontecimentos ao longo deste relacionamento, questionando se realmente tudo de ruim que acontecia era culpa dela. A conclusão vocês já devem imaginar qual foi. Um ano e dois meses não é muito tempo, na verdade, é até bem pouco – mas é tempo suficiente para descobrir muita coisa…
Essa história de fechar os olhos e ser benevolente é boa até certo ponto. Porque, muitas vezes, você acaba se cegando para o óbvio. A maioria das pessoas não vai reconhecer sua boa vontade, vai pensar que pode sugar e usufruir você até o máximo que conseguir. Querem alguns exemplos? Você dá um presente e a outra pessoa retribui com "você vai me engordar com isso" ou "que pena, agora só vou ter 1 peça disso" ou ainda "tem que trazer DOIS disso". Agradecer de coração? Jamais.
A gente descobre que existem pessoas para quem não importa o quanto você faça: NADA será o bastante. Gentileza é obrigação e, qualquer crítica que você faça contra essas pessoas, serão julgadas como injustas e ingratas. Ingratidão pelo que? Pelo mínimo? O mínimo a gente faz para qualquer ser humano por quem temos compaixão; por quem a gente ama, a gente dá o MÁXIMO. É assim que eu penso, pelo menos.
E tem aquela outra história também: cada um dá o que tem. Cada um oferece o que pode oferecer… como você pode exigir educação, consideração, respeito e honestidade de quem não tem?? Se o seu máximo é diferente do máximo do outro, um dos dois acaba frustrado. E foi o que aconteceu. Para encerrar a historinha, a menina acabou, aos poucos enxergando – mesmo inconformada – que esse era de fato o problema: VALORES diferentes. Extremamente diferentes.
E o pior: tudo de bom que ela tinha para dar foi se tornando frio e duro. Ou seja, um amor verdadeiro deve ser RETRIBUÍDO e transformador; ele deve te transformar na melhor pessoa que você pode ser. É no que eu acredito. Mas, aos poucos, ela estava se endurecendo e passando a ser alguém pior. Como estar ao lado de uma pessoa que, ao invés de te fazer crescer, de te acrescentar, te transforma em alguém pior? A admiração inicial dá lugar à decepção; o entusiasmo dá lugar à revolta; a boa vontade se torna inexistente. E assim por diante.
Imagens: reprodução [Tumblr].
Mas é claro que a outra parte nunca acha que deu o pontapé inicial para as coisas minguarem. É normal de cada ser humano querer contar o seu lado da história – mas não é normal tentar manipular as coisas para querer aparentar que é inocente. A honestidade principal está em reconhecer os erros de verdade, não só da boca para fora. Moral da história: a solução encontrada pela menina foi parar de dar chances para quem não as aproveita e dar uma chance a si mesma.
Só assim a gente consegue se encontrar novamente, voltar a evoluir e ser o melhor que podemos ser para nós – para, quem sabe, pensar em se doar por alguém. Não se doe gratuitamente antes de se doar a si mesma. Este erro pode ser cometido várias vezes – como foi o caso da menina da história -, mas uma hora a gente aprende. Não se contente com pouco e não se contente com menos do que você faria por alguém. Fim.
"What doesn't kill you makes you stronger".
beijos neste domingo ensolarado,
Marcéli Paulino.
Me chamo Marcéli Paulino, nascida em 16 de Julho de 1988, e sou bacharel em Tradução e Interpretação, curso que iniciei com 17 anos! Um pouco antes de me formar, já me interessava muito por moda e sabia que queria estudar e atuar na área. Então, assim que peguei meu diploma, foi o que fiz: procurei formações na área, que era meu sonho…