Em sua matéria sobre 10 Sinais de que você está vivendo uma Traição Emocional, Emma explica o passo a passo que, talvez inconscientemente, leva a pessoa a agir desta forma. E sabe como ela começa? Com uma simples e “inocente” nova amizade.
Em meu humilde parecer, toda e qualquer traição é mais fácil de ser cometida por pessoas de personalidade fraca e vulnerável, cujas opiniões mudam ao sabor do vento. Raciocinem comigo: alguém que sabe o que quer não dá brecha para esse tipo de problema, certo? Sendo assim, essa mesma pessoa vulnerável sente necessidade de viver “aventuras” e de conhecer gente nova, porque precisa se auto afirmar de alguma maneira [que engraçado, me sinto descrevendo perfeitamente um alguém que tive o desprazer de conhecer. Risos].
Daí, sempre que surge uma oportunidade, o idiota [ou “a” idiota] faz questão de fazer novos contatos, mas não somente superficiais. Ele ou ela se envolve, conta sua vida pessoal e passa a criar um vínculo com o novo alguém – tudo isso, no intuito de mostrar o quanto é legal, o quanto é uma pessoa agradável. Só para esclarecer, vou basear esse post em minha última experiência com esse tipo de traição para explicitar o que eu entendi da matéria da Emma e o que fiz a respeito.
Se o relacionamento não vai bem, seja por desgaste, seja por excesso de brigas, a pessoa vulnerável procura essas aventuras externas ao invés de tentar resolver o problema dentro do relacionamento, com o parceiro – quem, supostamente, deveria ser mais importante na vida dela. Isto caracteriza um perfeito covarde. Aí, o que acontece: o covarde que criou o vínculo, normalmente com a “amizade” do sexo oposto, torna esse vínculo o foco de suas atenções. Quem ler a matéria de Emma vai entender tudo, pois a teoria está bem esmiuçada lá. A nova amiguinha, então, passa a ser a pessoa mais importante, para quem o idiota vai contar as coisas, vai dividir seus “problemas” e o seu lado bom [se é que existe um].
Então você me pergunta: “e a outra pessoa do relacionamento?” Esta é a trouxa, a que fica sem saber de nada do que está acontecendo. Ela sente algo no ar, percebe que tem alguma coisa errada, mas não sabe explicar o que é. O que sobra para a parceira, então? A indiferença, a frieza e a displicência do covarde traidor. Ao fazer perguntas desconfiadas para o parceiro, sobre o que está acontecendo e se ele está escondendo algo, recebe as respostas clichês-calhordas: “você é louca”, “não está acontecendo nada”, “você precisa confiar em mim”, “relacionamento sem confiança não funciona”.
Jura que não funciona??? Depois um cretino destes é agredido ou assassinado pela namorada/esposa e, aí, sai a manchete no jornal dizendo que a mulher é passional e descontrolada. O cara além de traidor e mentiroso, manipula a situação para que a parceira (vulgo trouxa) se sinta culpada e excessivamente desconfiada. Não sendo o bastante a mentira em si, depois de tantos contatos via mensagens e telefonemas, as conversas virtuais já não são o suficiente – e ele passa a precisar da presença da pessoa. Fisicamente falando. Ele sente necessidade de conquistar a pessoa cada vez mais – ao invés de se empenhar em (re)conquistar a pessoa que sempre esteve ao lado dele.
Aí eu te pergunto: se você se encontra descobrindo uma situação destas, como aconteceu comigo, você vai apostar que não rolou traição física? Porque a traição emocional já aconteceu: ele se envolveu em um nível de proximidade excessiva com outra pessoa e não te contou, escondeu e negou até a morte, e ainda tentou fazer você se sentir a louca da história por desconfiar de algo que EXISTIA. Você perdoaria?? E ele, que fez a merda, será que perdoaria se fosse o contrário? Eu sei a resposta. Mas, infelizmente, eu perdoei momentaneamente. E me arrependi depois. No fim das contas, acho que nunca consegui perdoar de verdade, embora tenha tentado – e ainda bem que não consegui. Porque os meses seguidos desta palhaçada só serviram para eu constatar que o indivíduo passou a provar do próprio veneno, desconfiando que eu o havia “perdoado” para me vingar. E passou a virar um relacionamento ainda mais tóxico, com paranóias e desconfianças absurdas, de ambos os lados – eu, porque havia perdido o resto de confiança que sobrava; ele, porque achou que levaria o troco [aquela velha história do “quem usa cuida”].
A verdade é que cada um perdoa o que quiser e encara a bucha que quiser. Eu fiz minha escolha (tardiamente, confesso) e estou feliz com ela. Pra mim, quem abre a boca para falar em confiança e desconfiança tem obrigação de ser a primeira pessoa a ter atitudes decentes. Ou seja: deve ser a primeira a confiar e a última a dar motivos para desconfiar. É muito fácil cobrar do outro sinceridade, fidelidade e honestidade e em troca dar esse “belo presente”. Principalmente, se toda essa palhaçada vier enrolada em um monte de outros problemas de caráter – como a história do doador e do tomador, que Emma explica muito bem, e a qual eu também vivi no mesmo relacionamento.
O que venho a concluir com matérias como estas, de Emma, e com minhas experiências em relacionamentos que não deram certo, é que cada vez mais eu sei como o mundo funciona e o que eu mereço ter deste mundo – e das pessoas. E eu também sei agora, mais do que nunca, pelo que eu NÃO mereço passar. Sinceramente, não estou nem aí sobre como irão me julgar e como irão encarar minhas atitudes. Esta é a minha versão da história e essa é a forma como eu penso. E não tenho problema nenhum em me abrir e me expor, porque acredito que posso ajudar muitas pessoas com as minhas experiências. Esse é meu verdadeiro objetivo. Espero, de coração, ter ajudado você que está lendo.
Para você, que se identifica comigo, um beijo.
Marcéli Paulino.
Me chamo Marcéli Paulino, nascida em 16 de Julho de 1988, e sou bacharel em Tradução e Interpretação, curso que iniciei com 17 anos! Um pouco antes de me formar, já me interessava muito por moda e sabia que queria estudar e atuar na área. Então, assim que peguei meu diploma, foi o que fiz: procurei formações na área, que era meu sonho…