Como eu descobri sobre a traição emocional e quais os atos que a caracterizam

Graças a bons contatos que tenho no Facebook, descobri um site e uma autora interessantíssimos. Divido aqui com vocês [e desabafo, também] uma nova categoria para traição, que é a emocional. Na verdade, eu já a conhecia – só não sabia nomeá-la.

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Emma Sappälä tem P.h.D. em psicologia e doutorado em educação, e leciona na Universidade de Standford, nos EUA. Graças a ela eu descobri os indícios de traição emocional, coisa que, normalmente, é julgada como “bobagem” para alguns, e que na maioria das vezes não é encarada com a devida importância por nossa sociedade superficial. Eu passei por isso no meu último relacionamento e agora sei, com embasamento, nomear e entender por que a situação me indignou e me envenenou tanto na ocasião.

Em sua matéria sobre 10 Sinais de que você está vivendo uma Traição Emocional, Emma explica o passo a passo que, talvez inconscientemente, leva a pessoa a agir desta forma. E sabe como ela começa? Com uma simples e “inocente” nova amizade.

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Em meu humilde parecer, toda e qualquer traição é mais fácil de ser cometida por pessoas de personalidade fraca e vulnerável, cujas opiniões mudam ao sabor do vento. Raciocinem comigo: alguém que sabe o que quer não dá brecha para esse tipo de problema, certo? Sendo assim, essa mesma pessoa vulnerável sente necessidade de viver “aventuras” e de conhecer gente nova, porque precisa se auto afirmar de alguma maneira [que engraçado, me sinto descrevendo perfeitamente um alguém que tive o desprazer de conhecer. Risos].

Daí, sempre que surge uma oportunidade, o idiota [ou “a” idiota] faz questão de fazer novos contatos, mas não somente superficiais. Ele ou ela se envolve, conta sua vida pessoal e passa a criar um vínculo com o novo alguém – tudo isso, no intuito de mostrar o quanto é legal, o quanto é uma pessoa agradável. Só para esclarecer, vou basear esse post em minha última experiência com esse tipo de traição para explicitar o que eu entendi da matéria da Emma e o que fiz a respeito. 

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Se o relacionamento não vai bem, seja por desgaste, seja por excesso de brigas, a pessoa vulnerável procura essas aventuras externas ao invés de tentar resolver o problema dentro do relacionamento, com o parceiro – quem, supostamente, deveria ser mais importante na vida dela. Isto caracteriza um perfeito covarde. Aí, o que acontece: o covarde que criou o vínculo, normalmente com a “amizade” do sexo oposto, torna esse vínculo o foco de suas atenções. Quem ler a matéria de Emma vai entender tudo, pois a teoria está bem esmiuçada lá. A nova amiguinha, então, passa a ser a pessoa mais importante, para quem o idiota vai contar as coisas, vai dividir seus “problemas” e o seu lado bom [se é que existe um]. 

Então você me pergunta: “e a outra pessoa do relacionamento?” Esta é a trouxa, a que fica sem saber de nada do que está acontecendo. Ela sente algo no ar, percebe que tem alguma coisa errada, mas não sabe explicar o que é. O que sobra para a parceira, então? A indiferença, a frieza e a displicência do covarde traidor. Ao fazer perguntas desconfiadas para o parceiro, sobre o que está acontecendo e se ele está escondendo algo, recebe as respostas clichês-calhordas: “você é louca”,  “não está acontecendo nada”, “você precisa confiar em mim”, “relacionamento sem confiança não funciona”. 


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Jura que não funciona??? Depois um cretino destes é agredido ou assassinado pela namorada/esposa e, aí, sai a manchete no jornal dizendo que a mulher é passional e descontrolada. O cara além de traidor e mentiroso, manipula a situação para que a parceira (vulgo trouxa) se sinta culpada e excessivamente desconfiada. Não sendo o bastante a mentira em si, depois de tantos contatos via mensagens e telefonemas, as conversas virtuais já não são o suficiente – e ele passa a precisar da presença da pessoa. Fisicamente falando. Ele sente necessidade de conquistar a pessoa cada vez mais – ao invés de se empenhar em (re)conquistar a pessoa que sempre esteve ao lado dele.

Aí eu te pergunto: se você se encontra descobrindo uma situação destas, como aconteceu comigo, você vai apostar que não rolou traição física? Porque a traição emocional já aconteceu: ele se envolveu em um nível de proximidade excessiva com outra pessoa e não te contou, escondeu e negou até a morte, e ainda tentou fazer você se sentir a louca da história por desconfiar de algo que EXISTIA. Você perdoaria?? E ele, que fez a merda, será que perdoaria se fosse o contrário? Eu sei a resposta. Mas, infelizmente, eu perdoei momentaneamente. E me arrependi depois. No fim das contas, acho que nunca consegui perdoar de verdade, embora tenha tentado – e ainda bem que não consegui. Porque os meses seguidos desta palhaçada só serviram para eu constatar que o indivíduo passou a provar do próprio veneno, desconfiando que eu o havia “perdoado” para me vingar. E passou a virar um relacionamento ainda mais tóxico, com paranóias e desconfianças absurdas, de ambos os lados – eu, porque havia perdido o resto de confiança que sobrava; ele, porque achou que levaria o troco [aquela velha história do “quem usa cuida”]. 


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Imagens: Tumblr [reprodução].

A verdade é que cada um perdoa o que quiser e encara a bucha que quiser. Eu fiz minha escolha (tardiamente, confesso) e estou feliz com ela. Pra mim, quem abre a boca para falar em confiança e desconfiança tem obrigação de ser a primeira pessoa a ter atitudes decentes. Ou seja: deve ser a primeira a confiar e a última a dar motivos para desconfiar. É muito fácil cobrar do outro sinceridade, fidelidade e honestidade e em troca dar esse “belo presente”. Principalmente, se toda essa palhaçada vier enrolada em um monte de outros problemas de caráter – como a história do doador e do tomador, que Emma explica muito bem, e a qual eu também vivi no mesmo relacionamento.

O que venho a concluir com matérias como estas, de Emma, e com minhas experiências em relacionamentos que não deram certo, é que cada vez mais eu sei como o mundo funciona e o que eu mereço ter deste mundo – e das pessoas. E eu também sei agora, mais do que nunca, pelo que eu NÃO mereço passar. Sinceramente, não estou nem aí sobre como irão me julgar e como irão encarar minhas atitudes. Esta é a minha versão da história e essa é a forma como eu penso. E não tenho problema nenhum em me abrir e me expor, porque acredito que posso ajudar muitas pessoas com as minhas experiências. Esse é meu verdadeiro objetivo. Espero, de coração, ter ajudado você que está lendo. 

Para você, que se identifica comigo, um beijo.

Marcéli Paulino.

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