Depois de uns dias agradáveis de Sol (olha só o que eu estou falando, rs), Londres fechou o tempo de novo, como de costume, e voltou a ser cinza. Bom, não posso reclamar, porque gosto, só dispensaria a chuva. Mas, tudo bem.
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Acima o look da vez, com vestido novo da H&M – coitado, foi estreado em um péssimo dia, risos. Nota mental: não pegar bode do vestido por causa disso, ele não tem culpa.
Para não perder o costume, dei aquela perdida novamente dentro da estação de metrô. A estação de King's Cross é gigantesca, com 650 mil saídas e eu fiquei que nem barata tonta tentando achar qual era a saída certa que dava na faculdade.
Obstáculo número 1 superado, veio a parte dois: encontrar a sala onde seria minha aula. A faculdade é gigantesca – já comentei isso, né? -, com 943 milhões de salas, teatros, estúdios. É incrível sim, mas na hora de se localizar não é muito incrível, não. Na verdade, a única coisa incrível foi a quantidade de tempo que gastei para encontrar o lugar aonde eu deveria ir.
Quando eu estava quase chorando de desespero – tendo em vista que estava há quase 20 minutos atrasada -, eu pedi para chamar o coordenador do curso para estrangeiros, que gentilmente me acompanhou até a sala aonde eu deveria ir. Foi realmente uma gentileza que eu não esperava, parte feliz do meu dia. E detalhe: eu não cheguei atrasada, cheguei adiantada e me atrasei porque me perdi dentro da faculdade. Super legal.
Então, chegou a hora da aula: não, o estresse ainda não terminou. Os professores-tutores dos cursos (o curso de Comunicação em Moda se subdividide em três setores, sendo Fashion Journalism [Jornalismo de Moda], Fashion Communication and Projects [Comunicação e Projetos em Moda] e Fashion History [História da Moda]). O setor que escolhi foi Jornalismo de Moda, mas, enfim, existe um tutor para cada subdivisão.
Aqui, um clique muito rápido de um pedaço da sala de reuniões, que fica no estúdio de moda, antes da professora (esta senhora de cabeça ruiva) me fuzilar, porque eu estava com o celular na mão, e dizer: "phone away!". Hahaha.
Bem, eles são extremamente inteligentes, estilosos, porém, nada amigáveis. Me senti bastante intimidada com a apresentação, a cobrança e a pressão logo de cara deles sobre nós e, ainda bem, eu não fui a única. Muitos alunos, locais ou estrangeiros, também acharam isso. Creio que muito desta postura seja devido ao fato de a faculdade, Central Saint Martins, ser extremamente renomada – nada menos como a melhor do mundo em moda.
Eles exigem, além de toda uma postura acadêmica exemplar (até aí, beleza), que você se vista bem. Alunos de moda precisam estar sempre impecáveis, para passar uma boa imagem profissional. Não que eu seja contra isso, quem me conhece sabe que aprecio o bem vestir, mas acho que intelecto e estilo não estão necessariamente ligados. Até porque, estilo é muito relativo. O que é bonito e interessante pra mim, pode não ser pra você, e vice-versa.
Acima, um clique da biblioteca. Sempre existe algo bom em um dia ruim, então, além da gentileza do coordenador, que foi muito legal, conhecer a biblioteca e saber onde encontrar os livros relacionados a moda, sugeridos pela professora Judith (a senhora ruiva da foto anterior), foi outra coisa bem legal. Quem curte livros iria amar este lugar, tem absolutamente tudo de tudo. Duas coisas boas, já estou no lucro.
A hora do almoço, que é sempre uma hora feliz, só foi feliz porque fiz uma amiga Colombiana, que está no meu curso, e é bem simpática. Me senti um pouco mais "em casa", né. Pessoas calorosas da América do Sul. Mas o restaurante, valha-me Deus. Ô comida ruim. Nem peguei o nome, o que foi bom, assim não queimo o lugar.
Tem quem curta comida condimentada, mas eu detesto. Temperos fortes demais me embrulham o estômago. Infelizmente não existe um Pret à Manger perto da faculdade, ou seja, vou ter que me contentar com o que tem ali.
E este foi o resumo do meu dia! Amanhã eu tenho um encontro em Soho com um dos tutores e meu novo grupo de trabalho. Faremos um projeto de moda relacionado a este bairro e sua história, espero aprender bastante. Vou contando para vocês através das redes sociais e, mais tarde, por aqui.
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Beijos e até mais!
Marcéli Paulino
Me chamo Marcéli Paulino, nascida em 16 de Julho de 1988, e sou bacharel em Tradução e Interpretação, curso que iniciei com 17 anos! Um pouco antes de me formar, já me interessava muito por moda e sabia que queria estudar e atuar na área. Então, assim que peguei meu diploma, foi o que fiz: procurei formações na área, que era meu sonho…