Sobre ansiedade: por que ela ocorre e palpites para contorná-la

Pessoas muito ansiosas, assim como eu, provavelmente já sofreram por antecipação em algum momento da vida. Porque ansiedade é justamente isso: um incômodo, uma angústia causados por alguma situação que ainda não aconteceu.

Mas, pensando bem friamente, ansiar por algo não faz muito sentido, né. Eu sempre penso que a nossa vida poderia ser tão mais fácil se a ansiedade não existisse. Ao mesmo tempo, é meio que impossível não sentir ansiedade alguma – seja por algo bom, seja por algo ruim.

MAIS: Consideração versus obrigação

Mas, pensando bem friamente, ansiar por algo não faz muito sentido, né. Eu sempre penso que a nossa vida poderia ser tão mais fácil se a ansiedade não existisse. Ao mesmo tempo, é meio que impossível não sentir ansiedade alguma - seja por algo bom, seja por algo ruim.

É normal ficarmos apreensivos quando sabemos que algo não muito bom está por vir e aí é quando acontece a ansiedade que eu chamo de ruim. Ao mesmo tempo, é normal ansiarmos por algo que queremos que aconteça logo, por exemplo – o que eu costumo chamar de 'ansiedade boa'. Só que essa ansiedade, boa ou ruim, normalmente, está indiretamente ligada ao medo.

Explico: essa angústia que sentimos é, normalmente, por saber que algo nos espera – mas é, também, por não ter a certeza do que vai acontecer. Quer dizer que, por mais que tenhamos planejado algo de alguma forma, que tenhamos nos organizado para acontecer do jeito X, a vida pode querer tirar uma com a nossa cara e transformar tudo em Y na última hora. Vai dizer que isso nunca aconteceu com você?!

Nós simplesmente não temos o controle de tudo, ou melhor, de nada – e nem deveríamos, né! Já pensou que sem graça acordar de manhã e saber tudo o que nos espera? De certa forma a gente até sabe – e só pelo fato de termos certa rotina, já acabamos nos entediando. Imagina se tudo na vida estivesse sob nosso controle – amores, amizades, acasos e tudo o mais. Seria um tédio total.

Mas, pensando bem friamente, ansiar por algo não faz muito sentido, né. Eu sempre penso que a nossa vida poderia ser tão mais fácil se a ansiedade não existisse. Ao mesmo tempo, é meio que impossível não sentir ansiedade alguma - seja por algo bom, seja por algo ruim.

Só que, muitas vezes, a própria "rotina" nos surpreende. Eu planejo levantar da cama amanhã, tomar um café, ir à academia e depois trabalhar, por exemplo. Eu não sei se, de repente, pode acontecer um imprevisto que me obrigará a largar tudo e ir pra São Paulo a um evento urgente ou, quem sabe, fazer uma viagem às pressas. Eu não sei nem se eu vou estar viva daqui a uma semana. Eu espero que esteja, mas eu não tenho o controle. Nem eu, nem você, nem ninguém.

E por não ter esse controle é que a ansiedade toma conta do nosso pensamento. Há seis meses eu planejava uma viagem para Londres, para fazer um curso na área que mais amo. De lá para cá aconteceram tantas coisas que eu jamais esperaria acontecer e, mesmo assim, estou feliz. Nada foi planejado e, por eu não ter nem ideia de que existiria chance de acontecer, nada também foi ansiado. Simplesmente aconteceu. E eu encarei, como ainda estou encarando. E quer saber? Eu não mudaria nada do que aconteceu durante esse tempo, até agora.

Precisamos aprender a lidar com esse anseio, que está ligado diretamente ao medo. Não saber o que nos espera automaticamente gera medo e é preciso ser um pouco frio para não se deixar levar por essas "borboletas no estômago". É uma linha tênue entre o emocional e o racional; entre respirar fundo e deixar a vida acontecer, lutando contra a vontade de tentar controlá-la. É a dura e quase impossível tarefa de viver o presente e deixar o futuro para depois. De esperar a situação acontecer primeiro e, depois, pensar em como encará-la.

É como eu sempre digo: difícil? Sim, sempre. Mas nunca impossível.

beijos e boa semana!

Marcéli Paulino

Post Anterior

Londres, dia 19: descoberta de mais um bom restaurante + detalhes do meu curso aqui

Próximo Post

Londres, dia 20: passeio em Primrose Hill e visita à plataforma 9 3/4

Voltar ao topo