Londres, dias 42 e 43: luzes de Natal na Oxford Street e enjoying myself

O fim do ano está chegando e todas as cidades começam a se preparar com decorações de Natal. Em Londres não foi diferente – e, para celebrar o momento de acender as luzes, a Oxford Street, famosa rua das compras, ofereceu um show da cantora pop Kylie Minogue para o público.

Eu fui conferir de perto – mas confesso que não vi nada do show, porque, obviamente, a rua – que é imensa – estava lotada de gente. Tinham, porém, telões espalhados a cada quarteirão, que permitiam que quem não visse o palco, visse o show por alguma perspectiva.

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[Clique do meu chocolate quente do Starbucks, do pôr-do-Sol na Oxford Street e de uma das vitrines da maravilhosa Selfridges]

 Os dias têm anoitecido cada vez mais cedo por conta da chegada do inverno. O clique do "sunset" acima foi feito por volta das 16h50. Os dias têm amanhecido com névoas e a temperatura está caindo cada vez mais. Ontem foi difícil ficar ao ar livre para curtir o momento – mas não deixou de ser legal por isso.

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[Clique do look de ontem, nothing special]

Hoje foi dia de seminários na faculdade. Eles colocam as aulas mais chatas na segunda-feira, para combinar com o dia que já é um porre. E não pense que só porque estou cursando moda, eu não tenho aulas chatas. Sinto desapontá-los, mas eu tenho sim.

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Aqui, o look de hoje. Queria abrir um parênteses no diário e dizer que estou tentando  cumprir a meta de ficar este tempo que me resta aqui sem comprar roupas/acessórios para mim. Então é bem possível que vocês passem a ver vários looks com peças repetidas. Tentarei exercitar ao máximo a criatividade para que vocês não percebam que estou repetindo roupa, em todo caso, é bem possível que uma hora ou outra eu falhe. Vamos ver [para quem quiser saber o motivo disto, leia o post sobre moda sustentável].

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Hoje, diferente dos outros dias, me permiti sair da aula tranquilamente, sem aquela pressa doentia com a qual o pessoal daqui anda. Respirei fundo, não me preocupei se iria pegar o metrô cheio e sentei num dos cafés da faculdade para tomar um chá das 5, coisa que queria fazer enquanto estivesse aqui. Pode ser bobo para alguns, mas era uma das minhas metas – porque eu adoro chá e porque no Brasil eu tenho esse costume.

E aí eu lembrei que eu sempre enfatizei uma coisa na minha cabeça, da qual ultimamente havia esquecido: é quase nossa obrigação, como "donos de nós mesmos", saber como nos aproveitar. Isso mesmo. A expressão do título "enjoying myself" (aproveitando a mim mesma, em tradução livre), se refere ao meu momento atual. Apesar de eu ter certo talento para 'mártir', reconheço, eu decidi me descartar deste "personagem" chato. É bom desabafar, mandar tudo à merda de vez em quando, mas não é bom quando isto se torna um hábito – e para mim havia se tornado. Para evitar surtar, então, eu decidi aproveitar as pequenas coisas e com calma. O ritmo daqui é insano? É. Os professores são psicopatas em potencial que querem nos enlouquecer? Talvez. Mas chega de deixar isso me afetar e me fazer adoecer. É aquela velha frase: "as pessoas só fazem com a gente o que a gente permite". Pois eu não me permito cair mais. Ou melhor, eu reconheço que caio, às vezes, mas agora é hora de levantar.

Só depende de mim apertar o botão do "foda-se" para as coisas e me permitir olhar o lado bom, ao invés de me desesperar com os problemas, como se coisas boas não existissem. No Brasil eu havia adotado essa meta, mas aqui eu simplesmente me esqueci dela. Se nada nessa vida é como a gente quer – ou, pelo menos, a maioria das coisas -, está na hora de dançar conforme a música. E é o que vou fazer neste meu último 1 mês e meio que me resta.

Beijos, vem novembro.

por Marcéli Paulino
 

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