De repente, eis que surge uma notícia na internet de que Mark Zuckerberg mudou sua então empresa Facebook para Meta, do termo “Metaverso”.
Metaverso é a famosa realidade virtual de forma mais lúdica, digamos. É um universo vivenciado totalmente online, no qual você cria seu avatar e, com ele, pode ir a eventos, como shows, pular de pára-quedas, encontrar pessoas, comprar roupas e até casas. Mas tudo de forma virtual, nada palpável.
Pode-se dizer, a grosso modo, que seria um “brincar de The Sims’ da vida real. Insano? Talvez, para alguns. Para muitos, é a incrível aceleração do futuro vivido no agora.
Uma das notícias que mais me impactou, confesso, foi esta que você pode ver acima: a compra de uma mansão virtual no valor equivalente a MAIS DE USD500.000 [quinhentos-fucking-mil-dólares].
Tudo bem, isso já acontece há alguns anos nos video-games. Muita gente, mas MUITA, que nós nem temos ideia do quanto, gasta uma grana preta em roupinhas, acessórios e até armas em jogos. Motivo este, segundo alguns psiquiatras, que um ou outro ser humano já surtou por aí dando tiro na vida real: por acabar não conseguindo desassociar o jogo da sua própria realidade.
Acima: Mark Zuckerberg anunciando a mudança de sua empresa de Facebook para “Meta”e reuniões corporativas no meio virtual através de avatares. Abaixo: a comercialização de sapatos e roupas virtuais em perfis do Instagram.
Mas não se trata somente da vivência do seu avatar: você pode – e talvez vá – comprar, com seu dinheiro “verdadeiro”, roupas, acessórios e até casas virtuais para eles. Como alguns já têm feito.
O grande discurso por trás dos entusiastas desse novo estilo de vida é a sustentabilidade. O consumo e a vivência virtual permitem que não se polua o ambiente de diversas formas – e, ok, eu até concordo com este ponto.
Mas a grande questão, a meu ver – e ao me deparar com algumas contas de Instagram verificadas de alguns avatares – é: até que ponto isso pode impactar (DE NOVO) nossa saúde mental no sentido de ser um escape do presencial que, talvez, esteja longe de ser o que muitos gostariam que fosse?
Pensar na sustentabilidade é, sem dúvida, algo louvável, mas, será que os lucros, como sempre, não estão no maior foco disso tudo? Até que nível isto pode ser positivo para a vivência das pessoas? Em termos de Coronavírus, de fato, é outro ponto que também ajuda, se levarmos em conta que o distanciamento social ainda é uma realidade necessária.
Mas, estimular mais uma vez o consumo, talvez desenfreado, através de mais um leque, em se tratando de tempos em que tantos lutam por um pouco mais de oportunidades e de igualdade não seria algo um tanto irresponsável?
Será o Metaverso algo inclusivo ou será mais uma dentre as centenas de coisas exclusivas que já existem? Até que ponto isso se tornará acessível?? Será que o dinheiro virtual – as tais “criptomoedas” – surgem com um objetivo de acabar com o dinheiro como o conhecemos hoje?
São questionamentos que julgo válidos em meio a um ritmo demasiadamente acelerado com o qual as coisas caminham. Foram dois anos de pandemia e, ao passo que muitas vezes sentimos o tempo estagnado, por conta do isolamento, eu também sinto que se passaram 10 anos nos últimos meses, por outro lado.
E você? O que acha a respeito do assunto?? Pagaria por um evento totalmente virtual para seu avatar curtir? Compraria uma roupa ou acessório para ele? Investiria milhões em uma casa virtual?
E quanto aos serviços de Consultoria de Imagem? Você pagaria por uma experiência “presencial” no Metaverso, se fosse mais acessível??
MAIS: Vai abrir uma empresa? Saiba quais são os pré-requisitos para fazê-lo de forma segura
Nos vemos no próximo post reflexivo!
Beijos virtuais,
Marcéli
Me chamo Marcéli Paulino, nascida em 16 de Julho de 1988, e sou bacharel em Tradução e Interpretação, curso que iniciei com 17 anos! Um pouco antes de me formar, já me interessava muito por moda e sabia que queria estudar e atuar na área. Então, assim que peguei meu diploma, foi o que fiz: procurei formações na área, que era meu sonho…