Antes de reunir as pedras pra tacar, calma. Leia o post inteiro. Se, mesmo assim, depois de ler, você quiser criticar, fique à vontade – até porque, eu não estou aqui pra agradar todo mundo, não MESMO.
Nesse momento, imagino que muitos – os privilegiados, principalmente – estão reunidos em algum lugar festejando, bebendo muito, tirando muitas fotos, escrevendo textões e mensagens positivas para conhecidos e desconhecidos. E tudo bem! Não julgo e nem cabe a mim, né. Eu mesma, inclusive, fiz meu textão no instagram. Acredito que cabe a cada pessoa decidir os rituais que quer fazer nessa data e decidir, também, a maneira com a qual quer passar a tal ‘virada de ano’.
E por isso mesmo é que EU, Marcéli, HOJE, escolhi passar essa data tranquila no sossego da minha casa, curtindo meu teto conquistado com tanto suor; curtir minha pequena-grande família [formada por mim, Lucas e Rajah], sem beber, ouvindo minhas músicas e usando um look ‘pijama’ – roupão, pra ser mais exata.
Eis o motivo principal que me levou a essa reflexão e a esse post: hoje mesmo, postei nos Stories do meu instagram um meme com Audrey Hepburn, minha eterna diva, brincando e satirizando que, enquanto a maioria das pessoas festeja a data de hoje com look “de gala”, eu estou compenetrada e, confesso, um pouco entediada lendo um livro.
Peço que não me levem a mal: eu não odeio Ano Novo, nem tenho NADA contra quem festeja nessa data (ok, eu tenho algo contra quem bebe até cair e faz umas outras merd@as, mas, isto é algo mais relacionado ao meu trabalho como médium espírita-umbandista e isso eu vou deixar pra abordar em outro post); eu apenas tenho preguiça, hoje em dia, de seguir as convenções “impostas” para esse dia – e mais preguiça ainda de quem me critica por isso.
Esse post não é uma palestra pra te convencer a ficar em casa quieta, como eu, no Ano Novo, nem pra parar de beber nessa data ou qualquer coisa do gênero. É simplesmente um posicionamento MEU que, por livre e espontânea vontade, quis deixar claro. Se a reflexão te levar a refletir também e pontuar coisas que julgue importantes pra você e para sua caminhada, ótimo! Fico feliz em poder contribuir. Mas não me julgo um modelo a ser seguido, nem nada do tipo. Se inspirei, legal, se desagradei, lamento – mas não irei mudar só por isso.
Em suma, pra mim, todas as coisas que julgam serem tradições de Ano Novo – como mentalizar coisas positivas, desejar bem a quem se gosta, sentir ânimo, prazer, entre tantas -, são coisas que eu pratico ao longo do ano. Todo dia eu procuro mentalizar coisas boas, orar por quem eu amo, rever minhas prioridades. Sou um ser de luz por isso? Lógico que não. Mas, honestamente, pra mim, pra minha vida, pra minha realidade, HOJE, não faz sentido tomar todas essas atitudes e fazer essas coisas que citei anteriormente somente no dia de hoje. Por que já as faço. Ou procuro fazer, ao menos.
Além disso, eu, particularmente, sinto uma energia especialmente mais “densa/pesada” desde 2019 nessa data – o que também, às vezes, se torna gatilho para a minha ansiedade, crise que convive comigo desde 2019 também [isto é um plus para que eu não me anime em comemorar a data efusivamente? Talvez]. Mas o que importa é: independente de quais razões, eu tenho minhas razões e cabe a todo mundo respeitar, concordando ou não.
É muito chato exigir do outro justificativa pelas próprias decisões de vida o tempo todo, como se a vida fosse uma cartilha que todos devessem seguir à risca, obrigatoriamente. Isso vale, também, para aquelas perguntas cretinas do tipo: “quando vão casar?”, “quando terão filhos?”, “credo, você não quer ser mãe?”, “quando vai conseguir um emprego de verdade?” e outras chatices que nada acrescentam de positivo na vida do outro e só causam mal estar.
Se o termo “comemoração tradicional de festas de fim de ano” se resume a isso que citei acima, fico imensamente feliz de não me enquadrar mais nisso. Porque, sinceramente, muito do que conheço como tradição remete a isso. Ou seja: me deixa comemorar a data da forma que EU achar melhor e você comemora da forma que você achar melhor também.
Estamos combinades? À propósito: feliz 2022!
um beijo com muita sinceridade,
Marcéli.
Me chamo Marcéli Paulino, nascida em 16 de Julho de 1988, e sou bacharel em Tradução e Interpretação, curso que iniciei com 17 anos! Um pouco antes de me formar, já me interessava muito por moda e sabia que queria estudar e atuar na área. Então, assim que peguei meu diploma, foi o que fiz: procurei formações na área, que era meu sonho…