Enquanto aqui aguardamos ávidas pela baixa das temperaturas [ao menos eu aguardo, rs], lá no hemisfério norte as apostas pelas passarelas e pelas ruas bombam para nos encher os olhos e aumentar nossa wish list com hits da temporada.
Obviamente, como boa fã da cor, jamais deixaria de citar em primeiro lugar a passarela da Versace que, pra mim, foi um sonho acordada. Se me maravilhei daqui, assistindo pelo celular, fico imaginando como será o dia [creio em Deus Pai] em que assistir a um desfile assim ao vivo.
Versace bateu seu martelo de ouro em cima do que já estava se desenhando como forte aposta para este ano: a cor rosa. Mas não qualquer rosa: o pink, bem a la Schiaparelli, roubou o lugar do vermelho que até hoje era a marca registrada da maison neste desfile.
Além da cor, claro, vale mencionar as modelagens pomposas de apelo feminino e dramático: bastante volume, barrigas de fora mescladas a saias midi, os trench coats e os conjuntos de maxiblazer com calças de alfaiataria maleáveis dão tom da coleção com um saudável equilíbrio para a cor vibrante que invade 80% das peças.
Já a Hermés atende o time das básicas que prezam pelo conforto – sem, no entanto, deixar de lado a sensualidade. A coleção traz uma modelagem esportiva bastante rígida que ganha os ares sensuais através dos minicomprimentos e das botas com meias “over-the-knees“, em tons de preto e off white que prometem ganhar as ruas desde já.
Como uma boa inglesa, Vicky Beckham gosta de ser criativa mantendo a classe, por isso, sua coleção traz o “arroz com feijão” do inverno – trench coats, parkas e meias-calças – mas cheias de informação de cores e de texturas interesssantes, levando para longe qualquer monotonia.
Destaques para a meia-calça colorida, que já virou hit lá no hemisfério norte, desde as passarelas aos looks de rua, e prometem invadir as ruas daqui logo que as temperaturas caírem.
Recentemente, as redes sociais da Balmain sofreram ataques e haterismo – algo que o estilista, Olivier Rousteing, utilizou como uma ponte levemente comparativa [em menor escala, obviamente] com os ataques da Rússia à Ucrânia.
Sua coleção reflete, neste sentido, a rigidez de uma resistência a ataques injustos, através da modelagem rígida e da espessura das peças, mas, ao mesmo tempo, a suavidade de rendas e transparência passam a mensagem de que “o amor e a leveza ainda são a melhor solução para passar por situações como essas”.
O branco e a rigidez de decotes e ombros marcados, em contraponto à modelagem justa de botas, calças e vestidos traduzem bem um estilo ‘guerreira do apocalipse’ para tempos em que precisamos muito de força e, ao mesmo tempo, de resiliência.
O glamour banhado de conforto de Tom Ford fez falta nas passarelas nova iorquinas, mas, seu lookbook encheu os olhos para substituir o presencial na semana de moda de Paris [em razão da Covid], com sua cartela vermelha e pink envolta na malha e na alfaiataria comfy, nos casacos peluciados e nas mangas bufantes.
Mais uma vez, as meias-calças coloridas se fazem presentes, além de outros tons vibrantes – como o azul e o verde – acompanhando o preto clássico da estação mais fria. A grife é o retrato da mulher moderna e sempre antenada, que gosta de dramatizar e de passar zero despercebido nas ruas.
Imagens: vogue.com
E você? Algum palpite em relação às apostas que pincelei por aqui? Alguma favorita??
Nos vemos de novo qualquer hora.
Beijos!
Marcéli.
Me chamo Marcéli Paulino, nascida em 16 de Julho de 1988, e sou bacharel em Tradução e Interpretação, curso que iniciei com 17 anos! Um pouco antes de me formar, já me interessava muito por moda e sabia que queria estudar e atuar na área. Então, assim que peguei meu diploma, foi o que fiz: procurei formações na área, que era meu sonho…