Se tem uma coisa que aprendi com esta viagem, mais do que qualquer outra, é que a distância revela mais ainda o quão 'super' é o ego das pessoas e até que ponto vai o egoísmo delas. Admito que, algumas poucas – bem poucas – me surpreenderam pelo lado positivo. Mas a maioria – ou, melhor dizendo -, a maior parte das pessoas pelas quais esperei algo, me decepcionaram.
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[Clique no ponto do metrô, hoje, na hora do almoço, indo para o "Sanatório ao Contrário", vulgo CSM].
E quem é que me mandou esperar, não é? Pelo jeito, esta é uma lição que nunca vou aprender ou, se aprender, talvez já esteja velha demais. Eu invisto muito de mim mesma nas pessoas e a única culpada, no fim do dia, sou eu mesma por fazer isso. Eu mesma fico tentando arrumar uma explicação do por que faço isso, mas acho que, no fundo, tudo que eu quero é fazer valer a pena para os outros o investimento deles em mim.
No fundo, eu acho que eu sempre evito, por antecipação, fazer algo para os outros que eu não gostaria que fizessem comigo. Seja em nível de amor, seja em nível de amizade…
Mas eles fazem. Eles sempre fazem. E eu estou careca de saber que o quanto você se importa é proporcional ao quanto você sofre com a displicência alheia, mas, quem é que vai vir aqui, com uma chave de fenda, abrir meu cérebro e consertar esta "falha técnica"?
Quem é que vai enfiar dentro da minha cabeça o lema de "foda-se a opinião alheia", se a opinião daqueles que eu amo importa para mim? Quem é que vai vir fazer uma lavagem cerebral em mim, deixando meu egoísmo crescer a tal ponto que eu não ligue para ninguém, se não para mim mesma? Ninguém pode fazer isso. Na verdade, só eu mesma posso. Mas acho que eu não consigo. Ou talvez eu não queira.
E, bom, eu posso não ter um 'super ego inabalável' – na verdade, eu creio que ninguém tenha, bem no íntimo -, mas, se tem uma coisa que eu tenho é determinação. Eu demoro um pouco para tomar algumas decisões na minha vida, mas eu não costumo me arrepender delas. Seja para ficar, seja para ir. Eu tenho "colhão" de assumir o caminho que eu tomo, seja ele bom ou ruim, você aprove ou não.
E eu tenho uma memória muito boa – às vezes gostaria de não ter – e sou rancorosa. Extremamente rancorosa. Não me orgulho disso, tenho tentado exercitar o perdão em várias situações, mas, admito que nem sempre consigo. A pessoa me fez mal em outra vida, eu tô lembrando nessa e nunca mais sentirei o mesmo carinho por ela. Eu posso voltar a conviver, conversar, até frequentar a mesma turma, por exemplo, mas nunca mais será a mesma coisa.
[Montagem feita por mim para um dos meus trabalhos finais, a "Fanzine", uma revista baseada em um ícone da música ou da moda que você admire. Como vocês podem ver, meu escolhido foi Kurt Cobain, por motivos que deixarei para explicar em um próximo post].
Acho que isso é meio que como uma compensação, por eu me abrir tanto para as pessoas depois de um certo tempo. Se eu te dei a chance de ser próximo de mim e você fez merda, para falar da maneira bem explícita, sinto dizer que não terá outra chance. O meu botão do foda-se não tem reset, não adianta tentar. Eu até demoro para desistir, afinal, cada um tem um limite daquilo que atura. Mas mentira, por exemplo, eu não aturo. Mentira e traição para mim são sinônimos, então, posso dizer que ambos estão no mesmo "pacote do foda-se".
E por mais banana que eu seja, eu não sinto remorço. É claro que eu não vou praticar uma seita satânica tentando ver a desgraça da pessoa que me ferrou – até porque, eu acredito em Lei do Retorno -, mas, eu também não me comovo com pedidos de desculpas, com presentes, flores, nem com o palhaço Bozzo vindo me fazer um número particular. Eu penso da seguinte forma: prevenir é o melhor remédio. Se eu te dei a chance de entrar na minha vida, de ser legal com você, de fazer papel de trouxa várias vezes, como só eu sei fazer [risos] e você, mesmo assim, resolveu jogar tudo fora por causa de mentiras, então não faz sentido continuar uma coisa que já se estragou.
Quebra de confiança é algo muito sério e eu levo a ferro e fogo sim. Me julguem – neste momento, não vou me importar.
Beijos,
Marcéli Paulino
Me chamo Marcéli Paulino, nascida em 16 de Julho de 1988, e sou bacharel em Tradução e Interpretação, curso que iniciei com 17 anos! Um pouco antes de me formar, já me interessava muito por moda e sabia que queria estudar e atuar na área. Então, assim que peguei meu diploma, foi o que fiz: procurei formações na área, que era meu sonho…