Lindizzima selecionou as melhores partes desta entrevista para você aproveitar as dicas de ouro dadas por Miuccia, além de conferir um pouco sobre seu ponto de vista com relação ao trabalho que faz para a grife.
"O desfile é um momento de grande importância, que transcende a criatividade. Se não houvesse desfile, eu não trabalharia tanto; para a passarela, exagero as ideias porque a proposta, ali, é o espetáculo, mais que a coleção em si", diz Miuccia sobre a importância dos desfiles.
Ao ser perguntada sobre o estilo de roupa – sempre ultra chamativo, muito mais que discreto -, a estilista declara: "meu objetivo é fazer com que as mulheres se sintam melhores, graças à roupa. Por isso dedico ainda mais tempo às coleções comerciais: para evitar que seja necessário adaptar as roupas do desfile às lojas, sem que fiquem banais. Dá muito trabalho. Alguns designers acham que ser classificado como comercial é uma ofensa. Para mim, é um elogio".
"Meu trabalho é muito teórico. Penso sempre de acordo com um conceito, e nunca experimento as minhas roupas. Quando faço moda, visto as minhas ideias. Para mim, roupas são ideias".
Desfile Prada de verão 2013 – Milan Fashion Week
Há quem diga que a saia é a peça de roupa favorita da estilista. Sobre isso, ela declara: "não considero as calças confortáveis, elas só servem para ressaltar o bumbum. Trabalhar com isso não me interessa. Com uma saia, ficamos mais livres, você pode se mexer em todas as direções. As prefiro porque é possível criar um universo inteiro com elas no que diz respeito à forma, às estampas e ao comprimento.
Sobre suas fontes de inspiração, Miuccia se declara uma fã de Chanel e de Yves Saint Laurent. Além do estilo vintage, que admira porque gosta de imaginar a vida das mulheres que usaram as roupas antigas em questão. Não é a favor de coleções em parceria com redes de fast fashion, pois alega que não há possibilidade de criar bons produtos e fazer boas pesquisas a baixo custo. E sobre a relação da moda com a arte, Miuccia revela que trata-se do resultado de um pensamento que é interessante, e que não há rótulos para isso.
Por fim, ao ser perguntada sobre a suposta "magreza excessiva" da atualidade, a estilista já tinha a resposta da ponta da língua:
"Existe uma diferença entre magreza excessiva e anorexia. A magreza extrema sempre esteve na moda, e mudar os cânones da beleza é quase impossível. Ninguém vai fazer um desfile com mulheres de idade avançada e físico ingrato. Mas a moda não é a única culpada por isso; a política também tem sua parcela de responsabilidade e, como nos falta um ideal, a única coisa em que as jovens pensam é em serem glamurosas, lindas e magras.
Me chamo Marcéli Paulino, nascida em 16 de Julho de 1988, e sou bacharel em Tradução e Interpretação, curso que iniciei com 17 anos! Um pouco antes de me formar, já me interessava muito por moda e sabia que queria estudar e atuar na área. Então, assim que peguei meu diploma, foi o que fiz: procurei formações na área, que era meu sonho…