Já dei dicas sobre etiquetas nas redes sociais outro dia, mas, hoje falarei especificamente sobre WhatsApp pelo simples fato de que ele é, disparado, uma das ferramentas de comunicação mais usadas (e também mais polêmicas).
Pivô de muitos desentendimentos, muita gente prefere até evitar o uso do aplicativo, para não ter aborrecimentos. Eu acredito que, com um pouquinho de bom senso e educação, tudo fica melhor. Então, preparei uma listinha, que você confere logo abaixo, para uma melhor convivência virtual e pacífica nesta ferramenta.
São, na maioria das vezes, inúteis, inconvenientes e inoportunos. Mensagens privadas deveriam ter uso prioritário para assuntos particulares e não para mandar progapandas ou correntes (outra coisa inútil). Propaganda de sua marca, empresa, loja ou o que for, se faz em outras ferramentas, próprias para isso e até de maior alcance. A solução para esse tipo de inconveniência? Bloqueio. E não adianta vir reclamar, pois, assim como a pessoa se achou no direito de enviar montes de propagandas/correntes, você está em seu direito de não querer recebê-las.
Está certo que ninguém é obrigado a responder no momento em que abre a mensagem, até porque, as possibilidades neste contexto são inúmeras (abriu sem querer, não deu tempo de responder, está no trânsito, enfim). Acontece que, a etiqueta, nestes casos, preza também pela consideração ao outro, além da educação – e ignorar é uma atitude bem desagradável, além de mal educada. A solução: evite abrir as mensagens, para que o tique azul não apareça. Abra somente quando você estiver disponível para responder. Outra maneira de evitar constrangimentos e desagrados é ativar a pré-visualização ou visualizar a janela de conversa em modo avião, assim, a cor azul continuará inativa e a notificação de mensagem estará ali, para quando você puder realmente abrir e responder mais tarde.
Eu sei que a ansiedade, às vezes, sai ao nosso controle. Mas pare e respire: evite, com todas as forças, bombardear seu destinatário com 50 linhas de mensagem. Além de cansativo para quem vai ler, você pode estar atrapalhando alguma coisa, fazendo o celular tocar ou vibrar inúmeras vezes. A solução: se o que vai falar é extenso demais, mande áudio ou faça uso de síntese e resuma o assunto. Mais tarde, com calma, você pode conversar pessoalmente ou por telefone. Isto nos leva ao próximo tópico.
Áudios, creio eu, foram criados para que as pessoas evitem mandar mensagens quilométricas ou em 100 linhas de texto. Mas isto não significa que você deva enviar um áudio de 30 minutos. Tenha bom senso! A outra pessoa, com certeza, tem mais o que fazer além de ficar com o celular na orelha ouvindo um monólogo interminável. A solução: se o que tem a falar é tão extenso e irresumível, ligue. Ainda existe linha telefônica, é importante frisar. Áudios se mandam, em minha modesta opinião, com no máximo 5 minutos de duração. É horrível ouvir algo tão longo sem ter a chance de resposta e, pior: quando chega ao final, você já se esqueceu do que ouviu lá no meio.
Sempre tem um “mala” que te manda mensagem para falar de trabalho após o horário comercial – ou pior: de madrugada? Pior ainda quando te trata com uma intimidade que você não deu. Isto é, sem dúvidas, o fim da falta de respeito e da noção. Em primeiro lugar, mensagens instantâneas precisam seguir uma etiqueta tanto quanto uma ligação telefônica e, até mesmo, no ‘ao vivo’. Parece que as pessoas pensam que porque é virtual, é a festa da uva. Se toquem. Além de respeitar o horário, é de bom tom que você use de cumprimentos apropriados: “bom dia”, “boa tarde”, “boa noite”, “Sr.”, “Sra.” e por aí vai. Nada de “oi” ou “e aí”, pois você não está batendo papo com um amigo.
A solução (para quem manda a mensagem): se é para falar de trabalho, respeite o horário comercial. Ninguém tem obrigação de falar de trabalho fora deste horário. Mensagens de madrugada são uma invasão, seja qual for a procedência – e ainda é mais grave, sendo de procedência profissional. A solução (para quem recebe a mensagem): passou do horário comercial e você está vendo que o assunto é profissional? Não responda. Depois, dentro do horário comercial, você responde. É uma maneira civilizada e sutil de fazer o outro entender que, fora deste horário, você não está disponível. Se, mesmo assim, a inconveniência persistir, diga que prefere tratar dos assuntos por e-mail, pois você não usa WhatsApp para assuntos profissionais e, sim, pessoais. Um último recurso seria o bloqueio.
Número de celular não se sái distribuindo por aí, a 3 por 2. É um número pessoal que deve ser preservado, pelo menos em minha opinião. É, inclusive, inconveniente pegar o número de alguém através de terceiros (e, infelizmente, isso é muito comum). Se, por algum motivo, você não possui um número fixo comercial e acha mais fácil utilizar o celular para tudo, tenha bom senso ao abordar pessoas desconhecidas no WhatsApp. Ninguém é obrigado a saber quem você é e, muito menos, a manter contato com você através do aplicativo.
A solução (para o desconhecido que manda a mensagem): se você teve a cara de pau de pegar um contato de celular de alguém através de terceiros e vai mandar mensagem à pessoa, apresente-se e pergunte se há problema em falar por ali. Caso a pessoa recuse seu contato, respeite. Ela está no direito dela (principalmente, em se tratando de assuntos profissionais).
A solução (para quem recebe a mensagem de um desconhecido): espere que a pessoa se apresente. Caso não faça, pergunte, educadamente, quem é. Se você não quiser manter o contato, é um direito seu. Recuse educadamente e diga que prefere falar por e-mail, em caso de assuntos profissionais, ou, que não tem nada para tratar com a pessoa em questão. Agradeça e se despeça (se precisar, bloqueie).
Houve um tempo em que adorava grupos e era bastante interativa neles, até começar a passar por certas inconveniências que os mesmos me proporcionaram, direta ou indiretamente. O fato é: eles têm lá sua utilidade, até certo ponto. Se o mesmo for criado por alguma ocasião especial (festa surpresa, por exemplo, uma viagem entre amigos e coisas do gênero), são válidos. Passou a ocasião, fim. Saia ou apague, caso você tenha criado. Se, por outro lado, o objetivo é manter proximidade com as pessoas (um grupo de amigos, de familiares, etc), também é válido, mas, certifique-se de que as pessoas adicionadas a ele são todas próximas, do contrário, é certeza de causar mal estares.
Grupos para fins profissionais eu julgo desnecessário, hoje em dia. Nada como mandar um e-mail com os bons e velhos “cc” e “cco”, mas, é claro que isto é uma questão de opinião. Eu, particularmente, me irrito em ficar recebendo coisas de trabalho por ali, pois é uma ferramenta através da qual tenho preferência por falar sobre assuntos pessoais. Unir ambas as vertentes me passa a ideia de que não tenho vida pessoal e profissional separadas (embora, muitas vezes, isto possa ocorrer).
A solução (para quem cria um grupo): reiterando, certifique-se de que as pessoas adicionadas sejam amigas ou conhecidas e se tratem com civilidade. Fica um clima péssimo adicionar pessoas que se odeiam, porque ambas, provavelmente, terão desconforto em sair do mesmo e, também, não terão vontade alguma de interagir ali, o que torna seu objetivo falho. Sempre que possível, opte por montar evento no facebook ou enviar um convite particular. E lembre-se: a pessoa tem o direito de sair do grupo, se quiser. Logo, ao adicionar alguém, tenha isto em mente e respeite.
A solução (para quem foi adicionado ao grupo): ninguém é obrigado a ficar onde não se sente bem. Se, por qualquer motivo, você não quer estar naquele grupo, apenas saia. Se achar necessário, envie uma mensagem particular ao criador do mesmo, explicando seus motivos e pronto. Em caso de não querer sair para não parecer antissocial, sempre existe a possibilidade de desativar as notificações de grupos, o que é ótimo, pois você nem fica sabendo quando alguém fala algo e isto passa a não te atrapalhar/incomodar tanto.
Gostou das dicas? Concorda com elas?? Então compartilha, para ajudar amigos e conhecidos a terem uma convivência virtual melhor.
Beijos e até a próxima! 😉
Marcéli
Me chamo Marcéli Paulino, nascida em 16 de Julho de 1988, e sou bacharel em Tradução e Interpretação, curso que iniciei com 17 anos! Um pouco antes de me formar, já me interessava muito por moda e sabia que queria estudar e atuar na área. Então, assim que peguei meu diploma, foi o que fiz: procurei formações na área, que era meu sonho…