Redes sociais podem provocar ansiedade e afetar humor

Que atire a primeira pedra aquele que passa, ao menos, um dia sem acessar alguma rede social, seja do celular ou do computador. Segundo análise da psicóloga Lizandra Arita, da 'Arita Treinamentos', as mídias sociais mudaram muito os relacionamentos em todos os níveis: social, pessoal e até profissional. Elas se tornaram o meio de comunicação principal da sociedade atual.

Além de piadinhas, imagens fofas e frases de efeito, as redes sociais englobam situações muito mais complexas do que se pode imaginar. "As relações estão cada vez menos respeitosas. O mundo virtual permite que você encerre uma conversa simplesmente apertando um botão, sem qualquer preocupação com os sentimentos da outra pessoa", pondera a psicóloga Marisa de Abreu. Além da suposta falta de educação, as mídias sociais podem influenciar, principalmente, nos problemas de ansiedade, autoestima e timidez
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Imagem: reprodução

RECONHECENDO OS SINTOMAS

1) Necessidade de aceitação
Entre os diversos sentimentos que as redes sociais amplificam, a carência se encontra muito bem alimentada! "As pessoas sempre buscam uma forma de aceitação e reconhecimento, então postam momentos em que pensam que terão mais acompanhamento. Não importa o assunto postado, a pior sensação que a pessoa tem, é, ao fazer uma publicação, constatar que ninguém a acompanhou ou curtiu sua atividade", explica a psicóloga Lizandra Arita, da Arita Treinamentos. Isso pode gerar uma grande ansiedade em querer ser aplaudido e reconhecido, que logo se transforma em frustração ao não ser atendida.

2) Alegria 'versus' inveja

Os estudiosos reconhecem que um dos sentimentos mais relacionados às mídias sociais não é a alegria que todos demonstram ter, e sim a inveja. Uma pesquisa feita pelas Universidades alemãs Humboldt e Técnica de Darmstadt concluíram que uma em cada cinco pessoas aponta o Facebook como origem de seus sentimentos de cobiça e frustração pelo que não têm.
De certa forma, ambos os sentimentos estão interconectados, afinal, é o exagero geral em mostrar alegria que causa essa sensação nos outros. "Justamente porque, assim como existem pessoas que mostram uma realidade que ela gostaria de viver (e não que realmente vive), quem está do outro lado nem sempre tem a maturidade para discernir o que é verdade", elucida a psicóloga Lizandra. O equilíbrio, portanto, existe em sempre lembrar que nem tudo que reluz no seu mural é ouro e pensar que talvez a vida de quem está postando seja tão comum quanto a sua.

3) Mudança de personalidade
A forma como você se comporta nas mídias sociais nem sempre reflete sua personalidade real. "A vida virtual permite um tanto de impessoalidade, e a "proteção" do mundo virtual facilita para que as pessoas façam coisas que a formalidade da vida real não permitiria", explica a psicóloga clínica Marisa de Abreu. É mais fácil, por exemplo, deixar de lado a timidez e expor outros lados de sua personalidade através da internet. O problema é quando as duas imagens se confrontam no dia a dia e as pessoas passam a não lhe reconhecer mais em cada um desses ambientes. Para resolver esse conflito, vale pensar melhor que tipo de imagem você está passando e pesar o que vale a pena ser postado ou não nas redes. Além disso, é bom deixar o impulso de lado.

4) Dependência psicológica

É fato que muita gente desperta com o celular e até pode usar essas mídias para expulsar o sono e conseguir levantar da cama. A medida do exagero, porém, está no quanto isso pode atrapalhar seu dia a dia. "Se o tempo e a hora que a pessoa confere o que acontece no mundo virtual causa algum dano como, por exemplo, demissão ou rompimento de relacionamento, esta pessoa não está saudável", expõe Marisa.
Há pessoas também que adquirem o vício de postar absolutamente tudo que acontece consigo nessas redes, o que pode ser considerado um alerta. "Se for um adolescente, pode ser que esteja passando por uma fase, mas, se for um adulto, o caso deve ser analisado. Ele pode estar se sentindo muito solitário e precisar de ajuda profissional", diz Lizandra.

5) Casado(a) com o smartphone
Cada vez mais a figura das mídias sociais está ligada ao telefone celular, afinal, hoje ele é um computador portátil. E isso inclui um novo problema virtual na vida real: a pessoa que fica totalmente imersa na telinha enquanto o mundo passa lá fora. As pessoas não interagem e, quando se encontram, cada uma fica vidrada em seu smartphone.

Mas sempre dá tempo de retomar o olho no olho. Algumas estratégias existem, como manter a tela do celular virada para baixo no trabalho, estipulando um tempo determinado para conferir como andam as novidades nas mídias ou deixar o celular no bolso ou na bolsa quando estiver em um evento social ou almoçando com amigos, familiares ou colegas de trabalho.

6) Dificuldade em viver relacionamentos amorosos
Há quem acredite que, basta olhar o perfil de uma pessoa na internet, e já se sabe tudo sobre ela: hobbies, gostos pessoais, profissão e grau de escolaridade, o que tem modificado inclusive as formas como ocorrem os encontros. "O básico do outro nunca representa informação necessária para ter a mínima noção sobre quem é a outra pessoa, mas acreditar que seria suficiente faz as pessoas serem preconceituosas e considerar que já sabem tudo a respeito de quem não se sabe nada", considera a psicóloga Marisa. Mas há também quem aproveite essa oportunidade para encontrar pessoas com mais afinidades e até consiga um relacionamento estável dessa forma.


Por outro lado, essas redes também são culpadas por términos: um em cada 3 divórcios nos Estados Unidos em 2012 citaram a palavra "facebook", por exemplo, segundo o Wall Street Journal. E mesmo superar um término se torna mais difícil, pois torna-se muito simples "fuçar" como anda a vida de seu/sua ex, saber se ele ou ela já superou a relação, e normalmente, sofrer com todos os posts que reforçaram a alegria que ele sente. "Isso pode tornar-se preocupante quando a pessoa gasta mais tempo tentando descobrir informações do ex, do que investindo na própria vida", ressalta Lizandra. Portanto, vale tomar cuidado e lembrar mais uma vez que nem tudo que é postado nessas redes é fidedigno à realidade.

Levantando a cabeça e vivendo a vida real.

por Lindizzima

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