Nascida e criada na Dinamarca, através de suas obras, a artista nos apresenta sua visão estrangeira de nossa exuberante natureza. Sua paixão por esse tema começou com as cores e formas da Mata Atlântica e da Floresta Amazônica e intuitivamente adotou as características que encontrou no Brasil, sem perder a memória nostálgica já construída em seu país de origem.

Após recentes experiências com a gravura, Mai-Britt desenvolveu uma nova gestualidade gráfica, que aparece traduzida nas pinturas por meio de pinceladas largas que buscam romper as relações harmônicas e criar desequilíbrios pictóricos. Sem perder a modulação da forma, suas cores se expandem cada vez mais em direção a abstração, num constante trabalho focado na experiência do processo.
 

“Por muitos anos, a natureza me inspirou e principalmente as florestas brasileiras. Agora estou vibrando com as relações que consigo estabelecer entre formas, cores e linhas dentro de uma superfície. Minhas obras são, na grande maioria, abstrações, com certa tendência de abordagem à natureza”, explica Mai, recentemente selecionada para participar da Bienal do Recôncavo.