Tem muita gente que não sabe lidar com términos e, por isso, prefere nem começar – achando que o final sempre será o mesmo. Mas tem uma coisa que eu gostaria de dizer, que digo todos os dias para mim mesma, até quando me arrependo de ter começado com alguém que concluí que não valeu nem 1 minuto do meu tempo: se não tentarmos, nunca saberemos.
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Pode parecer frio, mas de tanto levar na cabeça, passei a encarar relacionamentos amorosos meio que como "trabalho", quando eles terminam. Chame do que quiser, eu chamo de instinto de sobrevivência: se este não deu certo, seja pelo motivo que for, paciência. Ninguém morre por coração partido, nem mesmo os poetas que escreviam sobre morte de amor. Não deu certo agora, vai dar em algum momento. E você tenta fazer melhor da próxima vez.
A gente sempre tem aquele tempo que eu chamo de "reabilitação", para se desprender da pessoa e tirar o ranço que fica, principalmente quando o relacionamento foi longo. É normal. Mas que esse tempo de 'rehab' não dure para sempre, porque quem está perdendo a vida, aos poucos, é você. Não adianta pensar no que aturou, no que não devia ter aturado, no que fez e no que não deveria ter feito. A chance já passou.
A solução, apesar de clichê, é aquela mesma: levar como aprendizado o que puder, atentar para não cometer os mesmos erros e guardar apenas as boas lembranças [se tiver, ainda que sejam poucas]. Porque o maior risco de se decepcionar, é acumular decepção por tempo indeterminado e se tornar uma pessoa amarga. É claro que não é fácil. Leva tempo para absorver as coisas e amadurecer. Eu sempre digo que, a cada relacionamento que não deu certo, eu amadureço um pouco e mudo um pouco. Acredito que para melhor.
Tem outra coisa também: quando se está emocionalmente envolvido[a], passa-se a enxergar tudo com bons olhos e, muita vezes, esquece-se de tocar a vida, sempre relembrando a pessoa e até chegando a se perguntar "por que acabou, mesmo? Era tão bom". Vou te contar um segredo: não era. Em matéria de relacionamento, tudo que é bom não tem que ter um fim, muito pelo contrário. Se um dos lados quis assim, é porque para alguém não estava bom. Ou até mesmo para você não estava, mas quando se está apaixonada[o] não se enxerga a realidade fria e dura.
O fato é que todo esse questionamento, todo esse rancor e toda mágoa uma hora param de marcar presença – desde que você pare de alimentá-los. Não estou dizendo que é fácil na prática, mas não é impossível – se você tiver força de vontade. Nada de procurar saber da vida do fulano, de ficar perguntando – NÃO QUEIRA SABER. Não te interessa. Como diz a sábia frase: "se fosse tão importante, não estaria no seu passado e sim no seu presente".
Imagens: Tumblr [reprodução].
E mais: me julguem como cabeça dura, mas eu não acredito em voltas. A menos que se trate de mudança de cidade ou de país (que, na real, até pra isso se dá um jeito), quando termina, para mim, não tem volta. Se terminou, se chegou a este ponto de um dos lados querer colocar um ponto final, foi porque você tentou tudo que julgou possível até ali. Se você deu seu máximo e não viu retorno, se você deu chances e estas não foram aproveitadas, enfim, seja o motivo que for – se acabou, é porque teve que acabar. Me perdoem a franqueza, mas acho meio palhaçada essa situação de casais que ficam meses separados e depois voltam. Acho que cada um faz o que quer, óbvio – e eu opino como eu quiser, também.
Que sentimento se recupera depois de meses separados? A impressão que dá é que nenhum dos dois encontrou coisa melhor e, aí, pensou "tá, vai. Vou voltar pra ela/ele porque é o que tem pra hoje". Eu não acredito em amor eterno, nem nessa balela de "eu precisei ficar um tempo longe pra saber o que eu realmente queria". Desculpa amor, mas se precisou se afastar, é porque a outra pessoa não tinha tanta importância assim na sua vida. Quem PRECISA ficar longe, automaticamente não precisa da pessoa por perto. Saiba superar e aceitar, que dói menos do que se colocar no papel de 'trouxa eterno'.
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por Marcéli Paulino
Me chamo Marcéli Paulino, nascida em 16 de Julho de 1988, e sou bacharel em Tradução e Interpretação, curso que iniciei com 17 anos! Um pouco antes de me formar, já me interessava muito por moda e sabia que queria estudar e atuar na área. Então, assim que peguei meu diploma, foi o que fiz: procurei formações na área, que era meu sonho…