Como meus dias de semana têm se resumido a ser escrava da faculdade, tanto em horário comercial, quanto nas horas vagas, hoje será mais um post-desabafo [para variar, estou precisando], do que contando de fato sobre meu dia – que em poucas palavras já foi resumido.
Às vezes, me sinto meio cansada de ser boazinha. Não me refiro ao termo 'boazinha' como sendo calma, paciente e abnegada, porque eu tenho plena convicção de que não sou nenhuma destas três coisas. Mas boazinha, no sentido de ter fé demais nas coisas e nas pessoas. Talvez a palavra "fé" deva ser substituída por 'expectativa', para se encaixar melhor no contexto. Pois é, podem rir. Eu continuo nesta eterna luta para não criá-la. E encontro muita dificuldade – com vocês também é assim?
MAIS: Diário de viagem – Londres, dia 35
[Clique da ponte de Bristol, que divide a cidade, em uma retrospectiva da minha primeira viagem pela Inglaterra, que foi muito legal, por sinal]
Embora isto eu ainda não tenha aprendido (controlar as expectativas), tem uma coisa, ou melhor, duas coisas que eu tenho colocado em prática nos últimos tempos e tem me ajudado muito: ser sucinta e objetiva. Acho que, profissionalmente, isto não é muito bom (principalmente aqui, neste curso de jornalismo que eu estou fazendo na Faculdade do Demo, vulgo CSM), mas, para a vida, isto é ótimo. Explico: não se desdobre em explicações. Não queira explicações extensas, também – elas, normalmente, vêm carregadas de mentiras. Não permita se importar demais com tudo, nem se apegar a tantos detalhes (principalmente na vida pessoal). Os detalhes nos confundem e nos fazem perder tempo, na maioria das vezes.
Não romantize demais as coisas. É duro escutar isso em um primeiro momento, mas, você ainda vai me agradecer por dar este conselho. Um pouquinho de romance é legal, para não perder a ternura, mas se ultrapassar a dose você acaba sendo feito de trouxa. Em todos os segmentos da vida, não só amoroso. Não seja, também, tão rigoroso(a) ao julgar as pessoas – pense em como você se sentiria sofrendo o seu próprio duro julgamento (algo que também tenho exercitado bastante).
[Clique do dia do passeio no Regent's Park, do qual falei no post passado]
E estas dicas que dei acima não são esforços para você parecer mais legal perante os outros, não. É para você lidar com sua própria vida de maneira mais leve. Às vezes, você vai se sentir injustiçado – principalmente, em relação aos julgamentos -, pois você vai encontrar muita gente que vai fazer o oposto com você. Irão te julgar duramente, irão te cobrar mil explicações detalhadas e você vai cair na tentação de voltar a agir de maneira igual, mas não caia.
Não são esforços em vão, eu acredito plenamente nisso. Quanto mais você abstrair estes sentimentos pesados, mais leve você fica e mais leveza você passa. E, de alguma forma, essa leveza irá voltar para você. Esforços sempre geram resultados, mais cedo ou mais tarde, de uma maneira ou de outra. E tudo o que você faz – TUDO – vai voltar para você. A vida te devolve o que você plantou. Vamos plantar coisas boas, né?!
No fim das contas, nem foi um desabafo. Foi mais uma reflexão – para ajudar vocês e a mim mesma também. É sempre bom reforçar alguns valores. Beijos,
AH! Já ia me esquecendo: counting down — 49 dias —
Marcéli Paulino.
Me chamo Marcéli Paulino, nascida em 16 de Julho de 1988, e sou bacharel em Tradução e Interpretação, curso que iniciei com 17 anos! Um pouco antes de me formar, já me interessava muito por moda e sabia que queria estudar e atuar na área. Então, assim que peguei meu diploma, foi o que fiz: procurei formações na área, que era meu sonho…