Eu detesto dar uma de “palmatória do mundo”, mas, mediante minha humilde experiência de vida, do alto dos meus vinte e muitos anos, preciso declarar, tristemente, que pouquíssimas pessoas sabem o que é amor.
E para não dizer que eu não vou me incluir nesta, admito que, muito provavelmente, descobri como amar não faz muito tempo. Ou cheguei perto disso. Se eu ainda preciso aprender? Com certeza. Mas, de uma coisa eu já sei: amor não é favor. Ama-se esperando ser amado, é claro, mas não se joga o amor na cara do outro – ou as coisas que fazemos pelo outro – como se estivéssemos barganhando. Não é uma competição de quem dá mais. Cada um dá o que pode, como pode, de acordo com as referências que teve ao longo da vida e de acordo com o que se digna a vir a aprender.
Porque você deve saber que nem tudo o que forma quem nós somos é baseado somente em nossa criação e em experiências. É um conjunto. E muito do que somos é formado, também, pela maneira como encaramos as coisas (vulgo ‘ponto de vista’). É como diz aquele ditado: “o que você fez com o que fizeram de você?”, sabe? A gente escolhe quem a gente quer se tornar ao longo da vida, com o que nos acontece, e o que queremos passar. Como vamos nos transformando ao longo do caminho. Se queremos transmitir coisas boas ou coisas ruins.
E se tudo o que damos ao outro cabe a nós mesmos decidir, não é legal tratar o amor, por exemplo, como um favor que se faz a alguém. A gente faz coisas com amor por quem a gente ama, como uma consequência do que a gente sente. Seja para o(a) parceiro(a), seja para amigos, para a família… Amor se sente e se demonstra e ponto final. Não se negocia. Tratar bem, fazer compania, dar carinho e outras tantas coisas que fazemos quando amamos é uma consequência do sentimento – quem sente sabe como é e entende. Não é obrigação, nem favor. É amor, mesmo. Se você não concorda com isso, ou não compreende isso, é porque muito provavelmente você não sabe amar.
Então: parem de amar como um favor e façam-o com genuinidade. A humanidade agradece.
Me chamo Marcéli Paulino, nascida em 16 de Julho de 1988, e sou bacharel em Tradução e Interpretação, curso que iniciei com 17 anos! Um pouco antes de me formar, já me interessava muito por moda e sabia que queria estudar e atuar na área. Então, assim que peguei meu diploma, foi o que fiz: procurei formações na área, que era meu sonho…