Antes de mais nada, deixa eu explicar que, esse título aí, é irônico. Sim, todos nós cometemos atos politicamente incorretos quase que o tempo todo. Porque ser correto é muito difícil – e, para alguns, chato. A diferença, ao meu ver, está entre quem tenta se corrigir e entre quem quer continuar estagnado, sendo um(a) escroto(a). E existe gente assim, viu. Pode acreditar.
Por quê eu digo isso? Porque eu cheguei ao nível zero de tolerância com certos tipos de piadinhas e de comentários. Do tipo machista, do tipo racista, do tipo homofóbico ou do tipo que quer nivelar caráter e índole baseando-se em níveis sociais. Em suma: dos tipos reacionários.
Sempre julguei pessoas que pensavam assim como radicais e exageradas. Até que, cá estou eu, caindo em consciência (graças a Deus!) do quão ridículo é manter esse nível baixo de diálogo, na pretensão decadente de parecer, sei lá, engraçado? E o pior ainda está por vir: essas pessoas têm platéia. E é por isso que, infelizmente, elas ainda são assim e agem assim. E eu não vou seguir alguns conselhos que já me deram de ignorar. Sabe por que? Porque é ignorando os problemas que os deixamos crescer.
Estes cérebros em questão, pobremente limitados, não conseguem alcançar o pensamento de que, antes de qualquer coisa, antes de gênero, de orientação sexual, de classe social, somos todos humanos. Tivemos ou temos pai, mãe, provavelmente teremos filhos ou sobrinhos. E eu sempre me pego pensando nisso toda vez que vejo alguém querendo menosprezar alguém, seja da forma como for, mesmo em nível de “piada”. Não tem graça. E que bom que eu não acho graça e que, apesar dos pesares, muita gente também não acha.
Piadinhas racistas, machistas e homofóbicas levam a um grau mais grave da coisa, de maneira mais sutil. Discursos de ódio e de preconceito, infelizmente, ainda têm voz porque existem ouvidos que se dispõem a ouvi-los e a apoiá-los. Políticos que, para mim, são desprezíveis, têm espaço porque ainda há quem acredite neles.
E, normalmente, reacionários não admitem que se oponham a eles. Não admitem que alguém recuse a aplaudir os lixos que falam ou que escrevem, ainda que em forma de “piadinhas”. Porque liberdade de expressão e de opinião, bem lá no fundo, só servem para favorecê-los, eles pensam. Pessoas que discordam de suas ideias não podem exercer estas vertentes, porque o que têm para falar não lhes é conveniente, nem favorável.
Eu não posso mudar o mundo, nem essas pessoas a quem critico aqui, no meu post de hoje. Mas eu posso mudar meu círculo de convivência, evitando-os, o que já é um grande avanço. E é isso que farei, a partir de hoje, e que aconselho a todos, que pensam como eu, fazerem também. Quem não respeita outro humano, consequentemente, não está se respeitando – nem a ninguém ao seu redor. E eu não preciso e nem sou obrigada a ter estas pessoas perto de mim. E nem quero.
Beijos e até mais.
Me chamo Marcéli Paulino, nascida em 16 de Julho de 1988, e sou bacharel em Tradução e Interpretação, curso que iniciei com 17 anos! Um pouco antes de me formar, já me interessava muito por moda e sabia que queria estudar e atuar na área. Então, assim que peguei meu diploma, foi o que fiz: procurei formações na área, que era meu sonho…