Se somos nosso próprio case, nosso argumento de venda tem muito mais força – e isso começa na imagem

Hoje no Reels tá rolando um debate profundo a respeito do assunto: “julgamentos pela imagem”. Eu fiz um react (sério, dessa vez rs) de um vídeo da Xanda, a @alexandrismos, onde ela afirma que: “é preconceito deixar de contratar o serviço de um profissional – nutricionista ou personal – por serem gordos”.

Em seu argumento, uma nutricionista gorda pode ser uma boa profissional, assim como um personal gordo ou uma “esteticista feia”, como ela aponta. E que quem não dá uma chance a eles apenas por julgarem pela imagem estão agindo com preconceito.

VISÃO E ESTUDOS

Na minha visão enquanto profissional especialista em imagem – e de acordo com estudos de Neuromarketing -, existe uma dinâmica chamada “alinhamento de expectativas”, quando se fala em comunicação não-verbal, algo que ocorre com nossa imagem, queiramos ou não.

Nesse processo de alinhamento de expectativas, nosso cérebro associa o que a pessoa FALA com o que ela FAZ. Ou seja: um profissional, a grosso modo, precisa ser seu próprio case pra se vender melhor.

Existe quem compre fora desse contexto? Claro. Não há regra e cada caso é um. Mas, de forma geral, nosso cérebro vai se convencer e criar muito mais confiança olhando pra algo que traga “provas”. E antes de contratar um serviço, essa prova é a sua imagem para o cliente.

Pra ser mais didática e me fazer entender, me responde aqui:

• existe alinhamento de expectativas quando uma nutricionista vende um plano de emagrecimento e é gorda?
• existe alinhamento de expectativas quando um personal trainer obeso vende planejamento para ter um corpo musculoso com baixa porcentagem de gordura?

Eu não estou dizendo que ambos sejam incompetentes. O que estou dizendo é que o argumento de venda deles fica mais fraco quando eles não vivenciam o que pregam.

E aí não dá pra você “obrigar” o público a acreditar em algo que ele não está vendo. Quer outros exemplos? Vamos lá:

• uma dentista com os dentes detonados e cariados;
• um pneumologista fumante;
• um hairstylist com o cabelo maltratado;
• uma consultora de imagem, como eu, que nunca se arruma e está sempre vestida de qualquer jeito, largada, suja, mal apresentada;

E podemos ir além até para a parte comportamental:

• uma personal organizer que vive no meio da bagunça diária em sua casa;
• uma terapeuta de casal que não vivencia um relacionamento saudável…

E NÃO PÁRA POR AÍ!

Dá pra pensar em muitos exemplos pra trazer essa ideia do alinhamento de expectativas. E com eles o que quero afirmar não é que a pessoa seja incompetente, MAS, que a chance dela trazer credibilidade para um negócio específico que ela não vivencia é menor.

Se a nossa intenção é gerar mais vendas com o que fazemos, para viver melhor, sem aperto, com qualidade de vida e tudo o que normalmente as pessoas buscam, é necessário reconhecer onde estão as lacunas e preenchê-las.

Ninguém vai fazer isso pela gente e se vitimizar não é o caminho.

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MAIS: Afinal, o que faz uma Personal Stylist?

super beijo e até a próxima!

Marcéli