A repercussão mediante a cena deplorável de um grupo de homens zombando de uma Russa, que não podia entender o que estava acontecendo, ainda acontece na televisão e nas redes sociais, virando notícias do dia, todos os dias. A grande discussão, agora, gira em torno de dois grupos: um que acredita no “exagero da causa”, no “ai, era só uma brincadeira” e no outro grupo (do bom senso, by the way) que sabe que isso de brincadeira não tem nada e que esse tipo de comportamento na sociedade não merece mais ser tratado como algo normal.
Como tudo tem um lado bom, já me permito dizer que, nesse caso, a parte boa foi ver que a sociedade realmente está evoluindo – a passos de formiga, ok, melhor que nada. Afinal, uma atitude escrota como essa já não é mais vista como algo normal, ao menos, por uma parte significativa da população, nem passa impune. Grandes progressos!
Por outro lado, a quantidade de gente – HOMENS, principalmente – que se encontra indignada, arrumando justificativas para essa imoralidade, é enorme. Acusam-nos, mulheres, de ouvir letras de funk com apelo sexual, de dançar “rebolando até o chão”, como se isso fosse passe livre para que eles expusessem e objetificassem nosso corpo, como fizeram a vida inteira e passamos por centenas de anos caladas.
Quando é que esses seres vão tirar a venda da obsessão opressora e ver que igualdade é melhor pra todo mundo, não apenas pra mulher ou pro negro ou para o pobre? A gente não ganha nada rotulando o outro. A cada rótulo que colocamos em alguém, cai outro sobre nossa cabeça. Pois o julgamento nunca é uma via única; sempre tem mão dupla.
Apesar de todos os pesares, uma coisa a gente pode ter em mente: a sociedade está mudando, aos pouquinhos, para melhor. Ela não voltará a ser a mesma e atos insanos como esses, felizmente, terão suas merecidas punições. Que a nossa geração seja capaz de levar esse pensamento progressista e igualitário à frente e que a mente reacionária tenha cada vez menos espaço entre nós. Esta é a minha fé na humanidade!
Eu farei minha parte com toda certeza. Faça a sua!
beijos com amor, por favor.
Marcéli
Me chamo Marcéli Paulino, nascida em 16 de Julho de 1988, e sou bacharel em Tradução e Interpretação, curso que iniciei com 17 anos! Um pouco antes de me formar, já me interessava muito por moda e sabia que queria estudar e atuar na área. Então, assim que peguei meu diploma, foi o que fiz: procurei formações na área, que era meu sonho…