por Marcéli Paulino
Entra tendência, sai tendência, os termômetros que as colocam em alta ou as tiram de circulação costumam ser os mesmos: comportamento, sociedade e economia. Em um cenário pós-pandêmico, que ainda nos traz um futuro bem incerto no quesito “estabilidade” (e dentro deste tema podemos inserir os subtemas ‘finanças‘, ‘saúde mental‘, ‘saúde física‘, ‘meio ambiente‘ e por aí vai), a vibe do momento é novamente escapista.
Se você estava procurando um “caminho do meio”, digamos, entre o Y2K, o fetishcore e as peças ultra-artesanais com carinha de “eu mesma fiz em casa”, eis que o mercado nos apresenta os estilos Barbiecore e Old Money, para as ‘neopatricinhas’ de 2022 e aspirantes, por assim dizer.
Em meio ao tal movimento escapista, uma dessas apostas regressou dos anos 1990, e se atualizou através do filme que promete ser um sucesso de Hollywood, protagonizado por ninguém menos que Margot Robbie e Ryan Gosling.
Após alguns – muitos – cliques de bastidores da gravação do filme da Barbie, não demorou muito para avistarmos celebridades aderindo ao look total pink, entre elas, Kim Kardashian, Megan Fox, Lizzo, Anne Hathaway e Hailey Bieber.
Já o estilo Old Money – “Dinheiro Velho”, em tradução livre – pretende trazer à tona novamente a popularização de looks a la ‘As Patricinhas de Beverly Hills’, herdeiras, com estilo de vida luxuoso.
Parâmetro bem antagônico para a realidade em que vivemos hoje, especialmente, no Brasil, não é mesmo? Mas este é o sentido do escapismo, de fato.
Ao pé da letra, diria que a tendência Barbiecore flerta bastante com o Sensual e Dramático, enquanto a estética Old Money traz boas referências do Elegante e Tradicional. Mas como nada na Consultoria de Imagem é uma ciência exata e tudo é passível de mudanças, variações e condições, principalmente, isso é só um pitaco de consultora que pode ser facilmente questionado ou, até mesmo, contrariado.
A bem da verdade, hoje não há pré-requisitos para aderir a nenhum estilo, a não ser a sua vontade. Eu vejo pessoas milionárias aderindo a uma imagem rapper, por exemplo, uma estética que flerta com a contracultura e critica o sistema capitalista que vive de exploração, assim como vejo pessoas de classe média, até menos, aderindo à estética Old Money e Preppy. Faz sentido pra você? É isso que quer mostrar através da linguagem do seu estilo? Então é isso que importa.
Claro que em uma análise macro, estas estéticas em alta hoje podem ser lidas como manifestos visuais – e arrisco dizer que, tanto um estilo quanto o outro, no atual contexto, traz muito mais uma conotação de sonhos, desejos e fuga da realidade (aí o escapismo de novo!) que qualquer outra coisa.
Até porque, riqueza e elegância não necessariamente andam juntas. Eu mesma me considero e procuro passar a mensagem de uma pessoa elegante e estou longe de ser milionária ou herdeira. Então é bem sobre isso, do meu ponto de vista.
E você? O que pensa sobre esses assuntos e como aplicaria essas estéticas à sua imagem, se fosse aplicar?
Beijos e até a próxima!
Marcéli
Me chamo Marcéli Paulino, nascida em 16 de Julho de 1988, e sou bacharel em Tradução e Interpretação, curso que iniciei com 17 anos! Um pouco antes de me formar, já me interessava muito por moda e sabia que queria estudar e atuar na área. Então, assim que peguei meu diploma, foi o que fiz: procurei formações na área, que era meu sonho…