Quando iniciei meus estudos no Universo da Moda e do Jornalismo, levava muito em conta o quanto uma marca era capaz de reproduzir a tendência mais entendida como “em alta no mercado”, em uma época onde os looks – tanto de passarela, quanto de ruas – eram enaltecidos pelo famigerado “copia & cola”.
Tempo passou, eu amadureci como profissional e o mercado também sofreu mudanças e, hoje, visualizando coleções com os olhos de uma Consultora de Imagem que sou, com uma metodologia validada, que atrela essência a identidade visual de marca, entendo que para muito além do “efeito manada”, uma coleção que desfila em fashion week precisa sim respeitar o mercado, mas, em primeiro lugar, ter coerência com seu histórico, seu DNA.
Dito isto, esses foram alguns pontos fortes que pude identificar entre as marcas que passaram pelas passarelas da semana de moda paulistana até agora.
O único desfile que tive o prazer de assistir ao vivo me trouxe uma boa sensação, tanto em relação à sua Identidade, quanto ao que é coerente com o mercado atual. Além de toda cartela de cores da coleção, esse “tie dye” refinadíssimo em tons suaves traduz bastante o conforto e a delicadeza de que a mulher exausta precisa – protagonista de Aurora, o livro que deu origem ao tema do desfile.
Sempre dramática, a grife insere protestos relevantes de modo mais polêmico em suas coleções – dessa vez, foi o feminicídio. Em especial esse corselet me agradou, tanto pela cor, quanto pela modelagem retrô que “esfrega” na cara da sociedade a mulher que quer ser sexy e empoderada e merece respeito, independente de como é sua apresentação pessoal.
Gostei demais da abordagem Futurismo da marca, sem cair no cafona e mantendo de forma impecável a elegância e a criatividade. Nesse look, o vermelho intenso faz contraponto a certa leveza da capa com aplicações que ganha ainda mais impacto pelo chapéu circular. Foram assertivos demais.
Imagens: Instagrams @spfw, @salinas, @artemisigallery, @sau.swim e @renatabuzzo__.__
A grife fez seu retorno à temporada de moda paulistana e trouxe o minimalismo sem monotonia, através de ricas texturas e acessórios pra lá de impactantes, mostrando que o luxo não precisa ser tedioso – como esse cinto de corrente que forma o nome da marca, chiquérrimo.
E você? Algum elemento preferido entre as marcas desfiladas até o momento?
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Me chamo Marcéli Paulino, nascida em 16 de Julho de 1988, e sou bacharel em Tradução e Interpretação, curso que iniciei com 17 anos! Um pouco antes de me formar, já me interessava muito por moda e sabia que queria estudar e atuar na área. Então, assim que peguei meu diploma, foi o que fiz: procurei formações na área, que era meu sonho…