Este fim de semana eu fui ao cinema, assistir ao último filme da saga Jogos Vorazes (sim, é bom!!!), e a um pub logo depois. Não foi uma noite super louca, alucinante, mas foi o suficiente para eu me distrair, dar umas risadas e deixar a neura do curso de lado.
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[Clique de um dos locais enfeitados no Westfield Mall, shopping mais perto daqui, ao qual fui no sábado. Ele fica localizado próximo à estação de Shepherd's Bush]
Aliás, eu fiz um trato comigo mesma: fim de semana não é tempo de enfiar a cara nos estudos, é tempo de descansar. Eu já fico bitolada a semana inteira, cheia de trabalhos e de artigos para ler, logo, nada mais justo que, aos finais de semana, eu relaxe um pouco e esqueça essas loucuras, ao menos por um tempo.
Você deve estar aí, pensando: "demorou para ela perceber isso". Pois é, eu sei. Eu demoro um pouco para algumas coisas. Aliás, para muitas coisas, eu admito que sou meio tardia. BEM tardia, na verdade. Fazer o que, antes tarde que nunca.
[Vista do meu apartamento, do alojamento em que estou em North Acton. Foto tirada no sábado, aos 2 graus]
Lembram que eu falei sobre moda sustentável um tempinho atrás? Bem, eu continuo tentando aplica-la à minha vida, então, reforço, que vocês verão muitos looks meus com peças repetidas por aqui e pelo Instagram. Minha queridinha da vez é esta camisa xadrez com vermelho. Paguei 5 pounds em um mercadinho em Shoreditch, como já falei em outro post do diário, e ela é tão confortável e tão quentinha que, simplesmente, não dá para não querer usar sempre. E eu tô usando.
[Cliques de três looks com a camisa xadrez que usei recentemente: o primeiro, com malha de algodão e jeans de cintura alta; o segundo, com camiseta masculina feita de vestido e colete de pêlos fake e, o terceiro, com calça de veludo e print de onça e malha de flanela da Topshop – comprada aqui, fazendo mix de estampas].
E sabe que é muito bom repetir roupa? Em primeiro lugar, porque você está fazendo um bem para a sustentabilidade; em segundo lugar, porque, se você repete esta roupa, é porque ela é aquela peça que você ama e que, fatalmente, vai ficar bem com tudo que você combinar. Terceiro, porque você exercita a criatividade e, consequentemente, vai acabar aproveitando muuuito mais tudo o que tem no armário. Perceba, com o passar do tempo, o quanto isto melhora.
Humores instáveis e o signo da professora
E falando em humor instável, eu descobri o signo da minha professora-tutora do curso de Jornalismo de Moda: Gêmeos. Ô karma na minha vida esse signo. Nada contra os geminianos legais – tenho algumas poucas amigas do signo -, mas, vocês são bipolares para cacete, hein. Vamos combinar. Essa minha professora é sensacional, um amor de pessoa, mas, quando está de ovo virado, é tipo ameaça de bomba nuclear. Tudo bem, vai, eu também sou um pouco assim e nem sou geminiana.
Acontece que, com ela, é assim: agora está de bom humor; daqui a cinco minutos, ela já quer enforcar alguém. Nos pega desprevenidos. Isso mexe com a saúde mental das pessoas, sabia? Eu queria informar isso a ela. Risos. Aliás, uma colega de classe chorou hoje na aula, após ter sua apresentação severamente criticada por esta professora. Eu fico muito triste de ver alguém assim, porque me coloco no lugar; por outro lado, me sinto menos imbecil quando tenho estes ataques. Que bom que não sou a única precisando de auxílios psicológicos por aqui.
[Snapsave – que, por motivos de privacidade, bloqueei só para amigos]
E não me venha a "turminha do deixa disso" querer me dar lição de moral, falando que não tenho o direito de reclamar porque estou em Londres. Já falei isso aqui e repito: aqui não é o País das Maravilhas. Se você julga que sou ingrata em reclamar porque estou aqui e acha que o Brasil é o pior país do mundo, deixa eu te contar uma novidade: você precisa sair da bolha e deixar de ser medíocre e iludido(a). Tenho pena de quem não valoriza o nosso país e acha que o mundo "aqui fora" é a festa da uva. Eu juro para você que eu queria que fosse, queria mesmo.
Vai lidar um pouco com a puta dificuldade que é enfrentar uma cultura totalmente diferente da sua, conviver com pessoas de lugares do mundo inteiro, com as quais você nunca teve contato, entre outras mil coisas que já contei aqui e que me nego a repetir, para saber se é assim tudo tão fácil e tão lindo. Vai tomar um choque de realidade antes de falar comigo. E tem outra coisa, também: eu dificilmente peço a opinião de alguém em relação ao que eu acho daqui. Eu acho e pronto. E não é seu discursinho limitado de falácia do mundo justo que vai me convencer do contrário. Poupe saliva para quem considera o que você acha válido. Eu não quero mudar a opinião de ninguém; da mesma forma, não quero que tentem mudar a minha. Respeitem e eu vos respeitarei. Só isso.
Ameaça de bomba na Oxford Street
Hoje, na ida para a aula, rolou uma tensão na estação de metrô final (da qual saio para ir para a faculdade). Policiais por todos os lados cercavam as catracas de quem vinha do sentido oposto e, em frente a uma delas, alguns policiais e um atendente do metrô revistavam um homem com uma mala. Sim, ele tinha cara de árabe. A tensão está muito grande, por conta dos últimos acontecimentos, e se aqui o povo já era neurótico, agora estão o triplo.
Ouvi dizer pelos corredores da CSM que os terroristas teriam ameaçado bombardear a Oxford Street e um museu perto da Leicester Square – pontos bem cheios e famosos de Londres -, então, eu suponho que as autoridades estejam em alerta. É muito triste ver tudo isso de perto. Toda a população se torna vítima, de uma maneira geral. Eu pensei, por um momento, que se o cara no metrô que estava sendo revistado fosse inocente – o que eu espero que sim -, dá muita pena. Porque acabamos julgando as pessoas pela aparência e colocando-as em situações constrangedoras, tudo por conta de divergências político-religiosas.
Se existe um lado bom em tudo isso? Serei egoísta e direi: faltam 18 dias para eu ir embora. Quem me ama, comemora comigo. Quem não, meu grande, sincero e humilde FODA-SE.
Um beijo e por hoje é só!
Marcéli Paulino.
Me chamo Marcéli Paulino, nascida em 16 de Julho de 1988, e sou bacharel em Tradução e Interpretação, curso que iniciei com 17 anos! Um pouco antes de me formar, já me interessava muito por moda e sabia que queria estudar e atuar na área. Então, assim que peguei meu diploma, foi o que fiz: procurei formações na área, que era meu sonho…