Faltando quase dois dias para eu voltar para minha amada terra, aqui eu vou contar as últimas emoções que tem acontecido.
Meu último final de semana foi marcado por duas coisas extremamente antagônicas: um passeio muito divertido em Winter Wonderland, um parque – o Regent's Park, para ser mais específica – onde eles costumam construir um verdadeiro parque de diversões todo ano perto do Natal e, em contraste, um atentado em uma das estações de metrô da Central Line.
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Mas vamos por partes! O Winter Wonderland é demais, juro. É como se fosse uma quermesse natalina, só que muuuito mais elaborada. Aconselho a todos que vierem para Londres nesta época visitar. Quem gosta de parque de diversões vai ficar encantado com a estrutura do lugar.
O único porém são os preços: para comer nem tanto, mas, para andar nos brinquedos, é bem carinho. Não paga para entrar, mas paga por cada atração à qual você quiser ir.
Eu andei na montanha-russa! Em uma das que têm por lá né, porque existem várias. Fazia muito tempo que eu não andava em brinquedos radicais, nem lembrava mais como fazia bem liberar um pouco de adrenalina.
Se os brinquedos não fossem tão carinhos (uma média de 8 pounds cada "andada"), eu teria repetido a montanha-russa e ido no Carrossel. Me julguem, mas eu adoro! Acho tão lindo!! Faltou uma foto minha nele – mas, ao menos, eu tirei uma foto só dele.
Atentado no metrô
Eu fui muito feliz neste sábado – até o momento de voltar para casa e passar um certo sufoco no metrô, que ficou parado por muitos minutos na Central Line. Andava, parava. Andava, parava. Eu não sei vocês, mas eu sinto um desespero imenso, do fundo do seu ser, em ficar presa em lugares dos quais eu sei que não posso sair por contra própria. Tipo metrô, elevador… eu sinto muito pânico. E eu fiquei presa com muita gente no metrô, para voltar do parque para casa, tudo por conta de um "atentado" que aconteceu na estação de Leytonstone.
A estação, felizmente, ficava mais afastada (não passo por ela para ir aos lugares), mas o ocorrido afetou toda a linha vermelha. O que aconteceu foi que um cara perdido resolveu ameaçar civis com uma faca, dizendo que o estava fazendo pela Síria. Ele chegou a esfaquear um homem na garganta, que ficou ferido, e causou muito pânico. Chegou a ir preso, mas a "conta" também fica para a gente né, uma vez que passamos a sentir cada vez mais medo de sair nas ruas. Em resumo, eu não presenciei o ocorrido, graças a Deus, mas os noticiários bombavam com a fatalidade nas redes sociais e nos sites britânicos. E, claro, no dia seguinte, em todos os jornais e sites do mundo.
[Clique de uma "roleta" de apostas do Winter Wonderland, em que os vencedores podiam escolher dentre um dos chocolates gigantes. Claro que eu apostei mas, infelizmente, não ganhei. Snif.]
É por estes e outros motivos que não sinto tanto remorso de me despedir de Londres. Claro, sempre dá uma sensação no mínimo esquisita de saber que você, provavelmente, nunca mais vai ver este país, esta cidade, este cenário – ou, ao menos, não tão cedo. As pessoas que foram legais comigo também me deixam com um aperto no coração, porque irei "abandoná-las". Mas acho que a vontade de estar perto daqueles que eu amo é tão grande, que isto não está sendo algo tão difícil de enfrentar.
[Clique da rua em frente à faculdade, decorada com luzes de Natal, à noite]
Eu sou apegada aos que eu amo, sim. Podem me julgar de novo. Podem me julgar 100 vezes. Por mais que eu tivesse vontade de viver esta experiência – da qual, mesmo com tudo, eu não me arrependo -, eu não sou o tipo de pessoa que se joga no mundo sem olhar para trás. Eu olho para trás e muito. E talvez a única probabilidade que me faça "tacar o foda-se" seja a pessoa me decepcionar muito, como aconteceu em alguns casos que já mencionei por aqui.
E quando eu me decepciono eu sou muito boa em fingir que nunca conheci a pessoa em questão. Até postei isso no meu Facebook ontem, pois me identifiquei muito com uma frase que li em um meme da vida por aí. Com a mesma intensidade que eu me dedico para os que amo, eu também deleto os que me fizeram desamar. E é isso aí.
Hoje é dia de desfile na faculdade e eu, como aluna do curso de comunicação, estou aqui sendo uma das "slaves" nos bastidores para divulgar o evento e ajudar na organização. Será cansativo, mas está acabando! Vambora.
beijos cansados,
Marcéli Paulino
Me chamo Marcéli Paulino, nascida em 16 de Julho de 1988, e sou bacharel em Tradução e Interpretação, curso que iniciei com 17 anos! Um pouco antes de me formar, já me interessava muito por moda e sabia que queria estudar e atuar na área. Então, assim que peguei meu diploma, foi o que fiz: procurei formações na área, que era meu sonho…