Fizemos um teste de temperamento da metodologia A.D.E. com alguns famosos pelo SPFW e estes foram os resultados…
Entenda com detalhes toda criação e apresentação de Cariri, uma linda história em forma de moda feita por Marina Bitu.
Confira na íntegra o que rolou no desfile da marca Renata Buzzo, nesta quinta-feira de SPFW n57
Confira o calendário e outros detalhes dessa temporada de SPFW n55.
Marcada pela morte do modelo Tales Cotta, de 27 anos, a semana de moda paulistana teve muitos altos e baixos nessa edição.
O post da vez sobre o evento vai falar de tendências de moda, sim, mas, também de sugestões sobre melhorias que poderiam vir a ser feitas na estrutura do SPFWn47 – e são muitas!
Acompanhando, felizmente, uma linha cada vez mais democrática e inclusiva, as marcas da temporada fizeram bonito ao apresentar suas coleções [salvos uns detalhes em termos de estrutura de desfile]. Aqui, falarei das minhas favoritas.
A pompa de sua moda festa migra para a linha de beachwear, com muita fenda e com muitos recortes. A cartela de cores e as estampas passeiam entre o étnico e o lúdico, tanto para eles, quanto para elas, apresentando uma moda praia que dá vontade de usar e desfilar por aí, pra fora das passarelas.
Tem duas coisas que gosto muito nesta grife: uma delas, é a capacidade de criar looks andróginos muito atrativos; a outra é apostar em peças únicas que, além de muito práticas, estão super em alta no mercado atual (aka vestidos e macacões). Uma vez que vivemos correndo contra o tempo, é uma facilidade ter uma peça assim para vestir ao acordar de manhã cedo, com sono, e sem muita inspiração. Acompanhada de uma cartela de tons fechados, em um cinza chumbo, quase preto [representando o luto, talvez?], diria que essa soma de fatores formaram apostas certeiras da Beira.
Entrando de cabeça na vibe esportiva e nos anos 80, Bobstore não economizou no brilho e nas formas retas em sua coleção para o verão 2020. O Tropicalismo, que foi tema base para a elaboração da coleção, foi ilustrado através das cores quentes e da técnica de moulage em algumas peças, apresentando um verão cheio de boas referências e fácil de usar.
Gosto muito da irreverência que a marca sempre imprime em suas performances e da moda inclusiva na qual trabalha, aliando versatilidade à praticidade nas coleções – algo que, como esta, não foi diferente em suas formas retas e apelo confortável. No entanto, vale ressaltar o exagero de irreverência ao qual o(a) diretor(a) de desfile chegou, quando permitiu a platéia assistir ao desfile em pé e aglomerada. A meu ver, quando promovemos um evento, devemos pensar em como a audiência vai se sentir; tendo em vista que muitas pessoas presentes foram para registrar a coleção e não para “dar close”, e considerando que haviam pessoas de todas as idades, iclusive bem mais velhas, muitas delas já cansadas com o corre-corre da semana intensa de trabalho (quem trabalha ou já trabalhou em uma semana de moda sabe o quanto é exaustivo), a aglomeração e o zero conforto oferecidos pelo desfile passou a mensagem de falta de consideração com sua audiência.
Agregando o melhor da moda festa para o casual chic, a grife arrasou na passarela do SPFNn47 com suas ricas transparências, modelagens – godê e de um ombro só – e camadas de tule em contraponto a padronagens como o xadrez (reinventado), as listras a as t-shirts. Tudo muito usável e, ao mesmo tempo, elegante. Muito bom e coerente o trabalho de reutilização de tecidos do ateliê na criação das peças.
Boho-chic, romantismo e modernidade se encontram no verão 2020 da marca, que apostou fortemente nas formas fluídas e na modelagem ampla de shapes retos. A parceria com a marca de sapatos Manolita agregou sofisticação às produções bem pensadas, que deixam a mulher urbana pronta para qualquer ocasião do seu dia a dia.
A praticidade de formas retas em casacos, calças e conjuntinhos de short e camisa ganharam um equilíbrio muito bem-vindo de tons suaves, como o azul, o verde e o lilás. Gosto muito do apelo andrógino impresso em algumas marcas que desfilaram essa temporada e com Lucas Leão isso também acontece. A modelagem ombro a ombro aparece, inclusive, no guarda-roupa masculino, mostrando que o vestir pode e deve ser o mais versátil possível. Interessante a combinação dos chapéus feitos com mesmo tecido dos looks, tudo “combinandinho”.
Iniciando com um apelo militar-moderno e indo para uma cartela de cores mais alegre, Korshi seguiu a mesma tendência inovadora de modelagens democráticas, imprimindo não só o ombro-a-ombro para os homens, como também os croppeds. As produções bem-pensadas de vestidos, macaquinhos e conjuntinhos apresentam um equilíbrio de volumes, que varia entre a parte superior e inferior, favorecendo qualquer biótipo. Bem democrático e inclusivo, como a moda deve ser.
Encerrando com chave de ouro minha lista de desfiles favoritos, a LED arrepiou na união de moda inclusiva e manifestação política, num momento tão delicado em que estamos vivendo e onde ações como essa se fazem necessárias. A cartela de cores se apresentou invernal, com preto, branco, cinza e caramelo, salvos alguns tons de azul royal, laranja e verde oliva que apareceram pra colorir levemente a coleção. Destaque para as modelagens de apelo esportivo, para o tricô e as sobreposições, estampadas com frases irreverentes que tornavam os looks ainda mais desejáveis.
Falando em estrutura, aqui segue uma lista com algumas sugestões para melhoria da funcionalidade do evento como um todo:
Um beijo e até a próxima temporada de desfiles!
Marcéli
Dicas para atrair a atenção dos fotógrafos em uma fashion week!
Um balanço das tendências mostradas no SPFWtransN42, que aconteceu no Parque Ibirapuera.
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