Conheça uma história que nunca contei, sobre minha relação com o batom rosa.
Por que estamos tão cansadas de sermos boazinhas? Se você se sente assim, esse post é pra você.
Reflexões sobre o que nos ensinaram sobre relacionamento.
Confira, na íntegra, o editorial para o Mês da Mulher, com o tema “Padrão é não ter Padrão, idealizado por mim para a @lalunazerotreze.
Tantos posts explicando jeitos de aderir às tendências da moda e, até hoje, poucos (ou quase nenhum) explicando a verdadeira essência do que eu faço. Afinal, qual o objetivo de falar de moda e como fazer isso a nosso favor?
Em primeiro lugar, queria deixar claro que não existe “ditar regras” ou “ditar moda“. Esqueça esse verbo, “ditar“. Ninguém dita nada. Cada pessoa que estudou sobre o assunto passa um pouco do seu conhecimento para você da maneira que acha melhor. E minha maneira é dizer que a moda é amor e serve para todas. Exatamente! Vida real é diferente de passarela e não existe “corpo ideal”; existe o seu corpo e como vamos trabalhar a moda à favor dele. Esse é o caminho para mim.Até mesmo nas passarelas, a questão da magreza vem caindo por terra. Porque, se pararmos para pensar, uma vez que o vestir é para todos e, se o público que consome a informação de moda é aquele que vai comprar o produto visto nos desfiles, não faz sentido produzir looks/peças só para pessoas de um nicho (no caso, magras).
A democracia da moda vem se consolidando cada vez mais e, ainda que algumas mídias não tenham acatado este ideal de modo mais firme, o importante é que existem aqueles profissionais e aquelas mídias que já trabalham com essa visão. E muitos! E cada vez mais!!
Se a moda é para todas, como trabalhar, na prática, com cada tipo de corpo? É simples: fazer uso da modelagem de uma peça de acordo com o que você quer enfatizar X disfarçar. Mas é legal lembrar: “disfarçar” não significa que você odeia essa sua característica e quer sumir com ela. Você apenas prefere mostrar outras coisas e tudo bem quanto a isso.
É, simplesmente, achar que outras regiões merecem mais atenção no todo do visual. Por isso, antes de aderir a uma aposta de moda da qual você gosta, pense duas coisas: 1) se você se identifica com ela, ou se é só um impulso momentâneo e 2) se essa aposta favorece seu corpo da forma como você gosta de se ver no espelho ou em fotos.
É normal nos deixarmos levar por estereótipos de perfeição e achar que nunca estamos lindas o suficiente ou que nunca vamos ter “corpo” para usar tal peça. Acredite, isso não acontece só com você.
Respeite seu tempo de entender as coisas, mas, faça uma forcinha para assimilar a ideia de que não existe perfeição em ninguém. Todas são lindas à sua maneira, com suas características. Um corpo gordo, assim como um corpo magro, são características, não elogios. A forma do seu corpo ou do seu rosto não configura nenhuma qualificação ou demérito. É só o que é: uma característica. E ponto final.
Procurar a melhora dentro do que você julga que precisa é bom, mas, a partir do momento que isso vira uma obsessão e te cega para suas qualidades, não é mais saudável. Aprenda a enxergar suas qualidades em primeiro lugar, SEMPRE. E a se amar independente de qualquer coisa, independente do seu estado atual.
No mais, meu trabalho com a moda consiste em fazer cada uma se amar e enxergar seus valores, utilizando as peças de roupa para enfatizá-los. A moda é uma aliada da autoestima e não uma rival ou um termômetro de dignidade.
Você não precisa deixar de ser quem é para ser outra pessoa; você pode ser a melhor versão de você mesma, todos os dias. Vamos fazer um trato: a partir de hoje, você vai olhar com mais carinho e respeito para si mesma e vai procurar, sempre, avaliar uma tendência de moda de acordo com o que te valoriza, ao invés de fazer o oposto. Não é você que precisa entrar na calça – é a calça que precisa entrar em você. Saca?
Você já conhece a Rosegal? Com peças para lá de descoladas voltadas ao público plus size, você consegue estar vestida na moda, em looks lindos, e por preço bem em conta. Aqui você confere alguns selecionados pra sentir o gostinho do que tem por lá pelo site!
Para ver mais, é só dar um pulinho no site e conferir mais detalhes!
Eu estarei aqui pra te ajudar, sempre! #UseaModaparaSerFeliz
beijos e até a próxima,
Marcéli.
A repercussão mediante a cena deplorável de um grupo de homens zombando de uma Russa, que não podia entender o que estava acontecendo, ainda acontece na televisão e nas redes sociais, virando notícias do dia, todos os dias. A grande discussão, agora, gira em torno de dois grupos: um que acredita no “exagero da causa”, no “ai, era só uma brincadeira” e no outro grupo (do bom senso, by the way) que sabe que isso de brincadeira não tem nada e que esse tipo de comportamento na sociedade não merece mais ser tratado como algo normal.
Como tudo tem um lado bom, já me permito dizer que, nesse caso, a parte boa foi ver que a sociedade realmente está evoluindo – a passos de formiga, ok, melhor que nada. Afinal, uma atitude escrota como essa já não é mais vista como algo normal, ao menos, por uma parte significativa da população, nem passa impune. Grandes progressos!
Por outro lado, a quantidade de gente – HOMENS, principalmente – que se encontra indignada, arrumando justificativas para essa imoralidade, é enorme. Acusam-nos, mulheres, de ouvir letras de funk com apelo sexual, de dançar “rebolando até o chão”, como se isso fosse passe livre para que eles expusessem e objetificassem nosso corpo, como fizeram a vida inteira e passamos por centenas de anos caladas.
Quando é que esses seres vão tirar a venda da obsessão opressora e ver que igualdade é melhor pra todo mundo, não apenas pra mulher ou pro negro ou para o pobre? A gente não ganha nada rotulando o outro. A cada rótulo que colocamos em alguém, cai outro sobre nossa cabeça. Pois o julgamento nunca é uma via única; sempre tem mão dupla.
Apesar de todos os pesares, uma coisa a gente pode ter em mente: a sociedade está mudando, aos pouquinhos, para melhor. Ela não voltará a ser a mesma e atos insanos como esses, felizmente, terão suas merecidas punições. Que a nossa geração seja capaz de levar esse pensamento progressista e igualitário à frente e que a mente reacionária tenha cada vez menos espaço entre nós. Esta é a minha fé na humanidade!
Eu farei minha parte com toda certeza. Faça a sua!
beijos com amor, por favor.
Marcéli
O que é sororidade e por quê devemos praticá-la.