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SPFW N52: Balanço de apostas para 2022

Um balanço das apostas e dos desfiles do SPFW N52.

SPFW N52: a percepção sobre o evento pelos corredores

Conversamos com personalidades e frequentadores(as) do SPFW N52 para saber suas percepções sobre esta edição do evento. Vem descobrir!

SPFW N52: pézinhos pelos corredores

Investigamos os pares de sapatos mais autênticos pelos corredores do SPFWn52. Vem conferir e se inspirar!

SPFW reestréia evento presencial em Novembro

Com vocês, a tão aguardada volta do SPFW no formato presencial, após quase 2 anos. Confira o line-up e mais informações!

As semanas de moda internacionais e tendências da próxima temporada

Uma pincelada nas semanas de moda pelo mundo e as principais tendências da próxima temporada.

Consumo e consumismo: duas vertentes que mudaram como fatores determinantes de elegância

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Vamos fazer uma rápida retrospectiva da sociedade nos anos 90: elegância era sinônimo de consumismo. Desde que me entendo por gente, “era mais quem tinha mais”. Quanto maior o poder aquisitivo, mais um indivíduo era capaz de conquistar popularidade e respeito em seu meio.

Desconsiderar o outro por possuir menos era o beabá para ser uma it person. A coisa era três vezes pior quando o meio no qual nos inseríamos era a Moda. Redações, estúdios, camarins, semanas de moda, backstages, tudo “cheirava” a carão e soberba. Eu cresci, entrei na fase adulta, assistindo a isso.

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Tudo nos fazia sentir que jamais éramos “boas” o bastante para ser admiradas, para ser aceitas e, até mesmo, respeitadas. Influência de uma sociedade que outrora era muito mais podadora e cheia de estereótipos do que hoje? Com certeza. Graças a Deus, tudo muda e as coisas evoluem – o que nos faz refletir a respeito do conceito de elegância atual, que mudou um pouco dos anos 90 pra cá.

Consumo e consumismo são palavras bem parecidas e “parentes” lexicamente falando, porém, seus significados são um pouco diferentes dentro da minha interpretação. Você precisa do consumo para viver – você consome alimentos, produtos de higiene, produtos de limpeza, etc. Consumismo está intrinsecamente ligado ao ato de consumir de maneira compulsiva. Comprar para ser algo; para ter status, para receber aprovação. E este é um comportamento que herdamos da cafonice esnobe dos anos 90.

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Em tempos de crise e de estruturas político-econômicas abaladas, cada vez mais questionáveis, sair gastando que nem louca (ainda que você tenha dinheiro para isso) é, no mínimo, cafona. É como o cigarro: o ato de fumar na década de 20 era considerado chique, depois, caiu no conceito do senso comum e passou a ser considerado brega. Nos anos 2000 subiu um pouco no conceito geral e chegou a ser considerado “atitude descolada”, e hoje, finalmente, decaiu de vez, já que a saúde é uma das temáticas mais valorizadas por qualquer ser humano que preze pela própria vida. Hoje, fumar é, com o perdão da palavra, uma atitude imbecil.

Sou da opinião que cada um admira aquilo com o que se identifica. A grosso modo, em tempos onde a igualdade, o respeito e a solidariedade (felizmente) falam tão mais alto, e são consideradas premissas do bom convívio, simplesmente não combina ser arrogante, consumista, soberbo, egoísta. E, felizmente, esta é a visão de muitas pessoas. Elegância definitivamente mudou de conceito e se aperfeiçoou. Alguém “é”, hoje, não os bens que possui, mas o que carrega dentro de si. Alguém é suas atitudes, não suas posses. E este alguém ganha admiração através disso.

Uma prova destas mudanças são as coleções mostradas nas passarelas do SPFW n45. Perceba como o processo de criação ganhou novas propostas, como os estilistas se preocupam com matérias primas reutilizáveis – ao menos, alguns deles -; como as próprias modelos nas passarelas já não apresentam apenas um biótipo; o próprio show que é o desfile, hoje, é apresentado de forma totalmente diferente, irreverente, transgressora… Tudo isso é reflexo da mudança que acontece agora. A gente é o que a gente é, de fato; e não o que a gente possui.

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Créditos pelas imagens: Agência Fotosite, Unsplash e Pinterest [reprodução].

A moda não “dita” mais nada; formadores de opinião não são mais aqueles que podem muito financeiramente; a moda PRECISA de você para se consolidar e formadores de opinião, atualmente, são aqueles cujas ideias conseguem influenciar um maior número de pessoas. Que cativam, que explicam por A+B sua posição referente a qualquer assunto e provam isso de maneira convincente e ética. TER DINHEIRO, possuir peças de grandes marcas, gastar os turbos com coisas consideradas “chiques” é, hoje, nada além de ser vazio e não ter nada além disso para oferecer.

Perceba que minha crítica não é a quem tem grande poder aquisitivo e opta por comprar coisas caras, mas, a quem acha que pode ser SUPERIOR por causa disso.

MAIS: Por que precisamos falar de autoestima e sobre como cultivá-la

E convenhamos: o conteúdo que vem dentro da embalagem pode ser tão mais rico! Você não concorda? 😉

Beijos e boa semana!

Marcéli.

Vídeo: Como ser fotografado(a) em uma semana de moda

Dicas para atrair a atenção dos fotógrafos em uma fashion week!

SPFWtransN42: balanço de apostas para a moda 2017

Um balanço das tendências mostradas no SPFWtransN42, que aconteceu no Parque Ibirapuera.

Vídeo: um dia de gravação no SPFWtransN42

Acompanhe minha ida até o SPFW em um dia corrido de trabalho!

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