Londres, dia 80: últimos momentos

É, acabou. Há quem diga que passou voando, há quem diga que demorou muito – aqueles que, suponho, estavam ou estão com muita saudade – e eu digo que um pouco dos dois, dependendo de cada momento. 

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Agora, depois de tudo e depois de algumas boas surpresas – as quais já conto -, eu nem sei dizer muito bem o que estou sentindo. Felicidade, claro, por saber que vou rever todos que amo; tristeza, por saber que, muito provavelmente, nunca mais verei aqueles de quem gostei muito e que vou deixar aqui; orgulho, por ter superado, ainda que aos trancos e barrancos, todas as dificuldades e conseguido passar neste curso – que foi uma BARRA; um pouco de pena, também, pois se eu soubesse que o final seria assim, eu teria surtado um pouquinho menos e enlouquecido um pouquinho mais (no bom sentido). O fato é que já foi, tudo que eu tinha para fazer eu fiz, o que não deu para fazer, paciência. Eu espero viver muito ainda, para, quem sabe, aproveitar uma próxima oportunidade – senão aqui, em outro lugar.

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[Clique do look do dia de compras de Natal: vestido Topshop e colete Forever 21 – de Londres].

Meu último dia de aula foi tão emocionante que até dar assistência para pessoa com crise de hipoglicemia eu dei. Isso mesmo. Teve ˜crit individual surpresa˜, graças ao "querido" professor-coordenador, que decidiu, nos 45 do segundo tempo, fazer tutorial individual sobre o desfile – aquele, no qual brinquei que fui "escrava" -, o que fez com que todos da classe começassem a surtar ali mesmo. Eu, como uma boa suicida, decidi ser uma das primeiras a mostrar meus trabalhos para ele, muito na dúvida se ele iria aprová-los.

E, assim que nem final de filme, o mais impressionante aconteceu: o professor mais cusão daquela universidade me tratou bem! Foi simpático, conversou civilizadamente, não tentou me humilhar. Gente, é tão bom esperar o pior das pessoas e elas nos surpreenderem positivamente… foi uma sensação indescritível. Não sabia se dava risada, se abria a boca e deixava meu queixo cair no chão. Quando disse que estava para ir embora, ele falou que era uma pena, que pensou que eu iria ficar mais tempo lá (aham, como não) e até me ofereceu cartas de recomendações. Foi realmente impressionante. Tô até agora meio desacreditada. Sabe quando você procura a câmera da pegadinha no local da situação? Fui eu ontem.

DESMAIO NA CLASSE
Depois disso, uma colega de classe teve crise de hipoglicemia (eu pensei que tinha sido de nervoso, no início) e simplesmente desmaiou no meio da classe. Caiu dura, se estatelou, quase matando todo mundo de susto. O alvoroço permaneceu por uns momentos, até que a responsável pela ala da enfermaria chegou e chamou uma paramédica. Adivinha quem foi incubida pelo coordenador para ficar dando assistência para a desfalecida? Eu. Hahaha isso porque nem era representante de classe. Mas, depois, correu tudo bem e ela foi encaminhada ao hospital, acompanhada de uma amiga do seu alojamento. Aliás, ainda não tive notícias dela, mas realmente espero que esteja tudo bem e que ela tenha feito uma boa viagem para a Rússia, de onde ela é.

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[Cliques ao longo dos meus três meses em Londres, com viagens a Bristol, Warwick e Oxford].

NOTA B
Para fechar minha viagem com chave de ouro, fiz minha apresentação da revista, que foi meu trabalho final (aquele sobre o Kurt Cobain), e fui consagrada com uma boa nota – da qual soube agora há pouco -, e com a notícia de que eu passei. Isso prova que todo esforço, todas as noites sem sair, todos os dias em que passei estudando psicoticamente valeram a pena. O esforço foi recompensado e era só isso que eu queria. Estou voltando para o Brasil com a sensação de missão cumprida, em todos os sentidos. Neste momento, aqui no aeroporto – enquanto espero dar o horário para despachar minhas malas -, estou revivendo na minha mente todos os momentos, bons e ruins. Todos os risos, todos os medos, choros, todas as crises. E sabem de uma coisa? No fundo, eu não mudaria nada. Acredito que tudo foi como tinha que ser e por uma boa razão.

Adorei fazer este diário! Espero que tenham gostado de me acompanhar. Quem sabe não nos vemos numa próxima?

Beijos ansiosos,

Marcéli Paulino.

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