Como exercitar o amor próprio em um relacionamento

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Estou com uma frase na cabeça, desde que fui ao casamento de uma amiga, na semana passada, dita pelo padre, durante a cerimônia na igreja. A frase dizia: “se você quer ser feliz, não case com ninguém, fique sozinho. Case-se apenas se você estiver disposto a fazer o outro feliz. Porque casamento e relacionamento é isso: viver na busca da felicidade do outro”

Isso faz sentido para vocês? Para mim, em termos. Eu acredito, óbvio, que a gente pode e deve ser feliz sozinho. Aliás, eu acho que, antes de tentar ser feliz com alguém, a gente precisa se sentir bem com a gente mesmo. Não dá para procurar alguém sem estarmos inteiros, então, ok, primeiro ponto. Segundo ponto: será que este padre quis dizer que, ao buscarmos fazer outra pessoa feliz, acabamos por nos tornar infelizes? Isso me incomodou um pouco.

Pela minha experiência com relacionamentos, até que isso faz um pouco de sentido, infelizmente. Porque, se pararmos para pensar, nem sempre o que você quer é o que seu(a) parceiro(a) quer e este é um dos motivos pelos quais acontecem brigas. São pessoas diferentes, querendo coisas diferentes, com prioridades diferentes. E, normalmente, quando a vontade de um é mais priorizada, o outro se torna infeliz. Mas, aí é que está: para ter harmonia, pelo menos na maior parte do tempo, ambos precisam querer as mesmas coisas. Certo?

Ou seja: se meu namorado quer as mesmas coisas que eu, salvo alguns detalhes, dá para dar certo e os dois serem felizes. Porque por mais que eu queira ver a felicidade dele, a minha felicidade também é essencial. Eu não vou abdicar do fato de me fazer feliz para fazer o outro feliz. Não dá, simplesmente. Mas, embora eu tenha isto em mente, eu falho algumas vezes. Então, me vejo cair em contradição: ao mesmo tempo que não acredito em ser infeliz pela felicidade do outro, às vezes eu ainda faço isso. Talvez isso também aconteça com você.

E aí, o que será que falta? Eu sei a resposta, também: lembrar-mos a nós mesmos que existem duas coisas essenciais que devemos carregar conosco, não importa em qual situação nos encontremos – solteiros ou compromissados – que são autoestima e amor próprio. Não precisa se deixar levar pelo egoísmo e pela soberba, mas, é preciso sim, de vez em quando, aprender a dizer NÃO. Não para satisfazer o outro e SIM para a satisfação própria – desde que esta não seja antiética e desrespeitosa, óbvio.

É libertador aprender a se satisfazer sozinho, antes de querer se alimentar pela compania do outro. E eu, apesar de não parecer, sou uma romântica quase que incurável neste aspecto – quando estou em um relacionamento, o maior prazer que posso ter é a compania do meu namorado. Mas, já cheguei à conclusão de que isto é um erro. O meu maior prazer tem que ser minha própria compania, antes de mais nada. Assim, quando o outro procurar apenas sua satisfação sozinho, por algum momento, eu não me sentirei “rejeitada”, “deixada de lado”, “trocada”. O outro não tem culpa que eu o priorizei, nem me pediu isso. Ele provavelmente está fazendo o certo, escolhendo a si mesmo em primeiro lugar e é isso que eu, que você e que todos devemos fazer. E isso não é deixar de buscar a felicidade do parceiro; é, apenas, priorizar a sua própria em primeiro lugar. Todo mundo faz isso; é pequena a porcentagem de pessoas que pensam como eu penso (ou pensava?).

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No fim das contas, acho que esse ‘romantismo’ de apenas enxergar a felicidade ao lado do outro só serve para nos submeter, nos iludir. O que existe é a realidade e o “aqui” e “agora”, e as vontades e prioridades que, às vezes, não coincidem, justamente porque enquanto muitas pessoas procuram a satisfação individual, outras procuram a satisfação no outro. É importante lembrar: o amor próprio e a autoestima nunca nos abandonam. Só depende de nós mesmos cultivarmos em primeiro lugar.

— LEIA MAIS: É proibido criar expectativas

Beijos e uma feliz sexta.

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